A Filha de Drácula

A Filha de Drácula (1936)

Dirigido por Lambert Hillyer


Título original
Dracula's Daughter
Lançamento
11/05/1936
Gêneros
Drama, Fantasia, Terror
Duração
1h 11m
Sinopse
Dr. Van Helsing, pensando ter livrado Londres de todos os vampiros, é ao contrário preso por assassinato. Quando o destino de Van Helsing parece estar traçado, os corpos desaparecem repentinamente. Logo, inúmeras pessoas são encontradas mortas, seus corpos encharcados de sangue. Enquanto isso, a bela Condessa Marya Zaleska aparece em Londres. A problemática mulher procura a ajuda de Dr. Garth, psiquiatra de Van Helsing, para uma consulta.
Elenco
6.8

Publicado em 14 de fevereiro de 2024

A Filha de Drácula

Por Renato FrançaRenato França

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Lançado em 1936, "A Filha de Drácula" (Dracula's Daughter) é um filme americano e continuação direta dos eventos ocorridos em "Drácula" de 1931. Lambert Hillyer é o responsável pela direção, e o roteiro segue com Garrett Fort, que também foi o roteirista do filme de 1931. Gloria Holden interpreta a filha do Drácula, a condessa Marya Zaleska; Otto Kruger é o psiquiatra Jeffrey Garth; e como único ator remanescente do primeiro filme, Edward Van Sloan vive o personagem de Van Helsing. A direção de Hillyer é competente em alguns pontos, a ambientação de Londres consegue manter a qualidade do seu filme anterior, embora menos explorada aqui. A trilha sonora não é nada que chame muita atenção, tendo um dos melhores momentos em uma cena com piano. Porém, Hillyer deixa a desejar na representação de um personagem ao utilizar um boneco. Quebrando totalmente a imersão do filme nessa cena. Talvez a produção tenha optado por economizar algumas centenas de dólares? Se sim, essa economia não foi benéfica para o filme. Por causa da pressão da Universal Pictures para iniciar as filmagens, as gravações começaram sem ao menos Fort ter terminado o roteiro. O que claramente influenciou o final corrido do filme, e o término abrupto da história. Demonstrando que a história é cíclica, e muitas coisas se repetem, pois na década de 30 já existiam filmes que poderiam ter saído com mais qualidade se não fosse o estúdio metendo o dedo onde não deveria. No entanto, se o filme tem alguns problemas de produção, o mesmo não pode-se dizer das atuações. Holden representa muito bem a condessa Zaleska. Consegue passar aquele ar imponente, elegante e sedutor que Lugosi, como seu pai Drácula, passou no filme anterior. Kruger, o psiquiatra, contracena muito bem com Marguerite Churchill, que interpreta a assistente de Garth. Já Sloan, não tem muito destaque no filme, embora nos momentos que apareça esteja a altura do personagem de Van Helsing. Mesmo tendo recebido críticas positivas no seu lançamento, o filme não alcançou o sucesso de bilheteria de Drácula de 1931. Contudo, o filme conseguiu arrecadação suficiente para passar o "breakeven", termo em inglês que significa igualar o investimento do filme em relação a arrecadação da bilheteria. Com potencial para ser um filme tão bom quanto seu antecessor, acabou não tendo seu potencial devidamente aproveitado devido a correria para ser lançado. "Ela te dá aquela SENSAÇÃO ESTRANHA!"