Dirigido por Ridley Scott, "Alien: O Oitavo Passageiro" é um filme americano lançado em 1979 de nome original "Alien". O elenco conta com Sigourney Weaver, que participa de outros filmes da franquia, Tom Skerritt e de John Hurt, que faleceu em 2017. A história se passa no ano de 2122, quando a tripulação da sonda espacial Nostromo recebe um sinal de socorro e vai explorar um planeta desconhecido. Foi o filme vencedor dos melhores efeitos especiais no Oscar de 1980, vencendo também diversas outras premiações, dentre as quais o Saturn Awards de melhor filme de ficção científica, melhor diretor e melhor atriz coadjuvante para Cartwright. Sucesso de bilheteria, não foi aclamado pela crítica em seu lançamento, mas hoje é aclamado e considerado um clássico da ficção científica e horror. Dan O'Bannon é o responsável pelo roteiro, que ficou engavetado por alguns anos, e só ganhou sinal verde para ver a luz do dia após o sucesso de Star Wars em 1977, que deixou em evidência o gênero de ficção científica. A trama é bem desenvolvida, e trabalha muito bem os momentos de tensão do filme. Um ponto a se questionar são algumas decisões de alguns personagens, que estão no meio da galáxia e se deixam levar pela emoção. A opção de escolher uma mulher para ser protagonista, é um dos maiores destaques do filme. Apesar do filme ter mais de 40 anos, os efeitos especiais continuam competentes. É de se imaginar que na época deve ter sido uma experiência ímpar nas telonas do cinema. A utilização de efeitos práticos, alinhados a edição do filme e a técnica de "câmera tremida" (no inglês shaky cam ou handheld camera), contribuem para criar um clima de tensão ao longo do filme. Scott soube aproveitar muito bem o roteiro e trabalhar o foco do espectador para trazer elementos surpresas. Por fim, o design do Alien é considerado uma das criações mais icônicas da história do cinema. Sigourney Weaver entrega uma atuação convincente, seu personagem vai ganhando mais relevância ao longo do filme e exigindo mais da atriz. Que entrega, desde momentos descontraídos, a momentos mais sérios, de tensão e outras coisas a mais que estão mais para o fim do filme. No entanto, vale o destaque para Veronica Cartwright que consegue transmitir de forma mais contundente, principalmente nos momentos de tensão, todo o pavor que seu personagem sente em alguns momentos do filme. Algumas lições podem ser aprendidas ao assistir o filme, como a cautela ao se deparar com o desconhecido, é preciso agir com moderação nessas situações. Outra lição que tem sua importância é a de seguir protocolos, principalmente os de segurança. Se os protocolos existem, é porque devem ser seguidos para evitar problemas e situações de risco. O filme, mesmo sendo assistido nos dias atuais, consegue surpreender o espectador. O maior destaque fica para toda a ambientação, o clima de tensão e claustrofobia que Scott consegue transmitir. Além disso, o visual do Alien ganha muito destaque, principalmente pela forma como o filme desenvolve e trabalha sua revelação. Tudo isso, em conjunto com a coragem de colocar à frente da trama uma mulher, transforma uma história no espaço com um Alien em um clássico absoluto do cinema de ficção científica. Em seu segundo filme, Ridley Scott deixou sua marca para a geração que assistiu o filme nos cinemas e para as gerações seguintes. É um feito grandioso que merece todo o reconhecimento que tem. Um clássico obrigatório para qualquer pessoa que se considera fã de cinema.