Aliens: O Resgate

Aliens: O Resgate (1986)

Dirigido por James Cameron


Título original
Aliens
Lançamento
18/07/1986
Gêneros
Ação, Thriller, Ficção científica
Duração
2h 15m
Sinopse
Cinquenta e quatro anos após escapar da "Nostromo", a tenente Ripley é encontrada a flutuar, perdida no espaço, ainda adormecida. De volta ao nosso planeta, ela conta tudo o que lhe aconteceu, mas ninguém acredita realmente nela, ou lhe parece dar crédito, até que uma colónia de humanos, entretanto criada no planeta onde ela encontrou o primeiro Alienígena, deixa de emitir comunicações subitamente. Ela então é convocada para auxiliar uma expedição militar ao local, sendo a única aparentemente consciente de que o pesadelo está longe do fim.
Elenco
9.0

Publicado em 26 de julho de 2024

Aliens: O Resgate

Por Renato FrançaRenato França

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

Após o tremendo sucesso do primeiro filme de 1979, a continuação de Alien: O Oitavo Passageiro era só uma questão de tempo. No entanto, a 20th Century Fox, que havia sido responsável pela produção e distribuição do primeiro Alien, não estava convencida de que deveria investir em uma continuação. Acabou sendo acusada pela Brandywine Productions, produtora parceira no filme de 1979, de manipulação de informações, alegando que o filme havia causado prejuízo. Porém, no fim, a Fox mudou de ideia após uma batalha judicial e resolveu trabalhar na continuação. Dessa forma, em 1986, foi lançado Aliens: O Resgate, com Sigourney Weaver voltando ao papel de Ripley. James Cameron estava trabalhando no roteiro de Rambo II - A Missão em conjunto com Sylvester Stallone quando começou a escrever também o roteiro da continuação de Alien. Por fim, acabou escrevendo o primeiro rascunho para o roteiro de Aliens: O Resgate em três dias. Contudo, além de roteirizar, Cameron tinha interesse em dirigir o longa, mas enfrentou certa resistência dos executivos da Fox. Porém, após o mega sucesso de O Exterminador do Futuro, seu pedido foi atendido e Cameron tomou a frente não só do roteiro, mas também da direção do filme. Michael Biehn foi contratado para atuar ao lado de Weaver; ele interpreta o fuzileiro Dwayne Hicks. E, para os mais atentos, vai se lembrar dele no primeiro filme de O Exterminador do Futuro, onde ele atua como Kyle Reese. Além dele, o filme conta com Carrie Henn, que vive a jovem garotinha Newt, que, ao lado de Weaver, proporciona boas cenas de angústia. Lance Henriksen entrega uma ótima atuação ao interpretar Bishop, um técnico da Hyperdyne Systems. Mais uma vez, Sigourney Weaver brilha, tendo uma participação maior do que no primeiro filme e com um roteiro que adiciona uma maior dramaticidade ao seu papel. Foi no papel de Ripley que ela recebeu a primeira indicação ao Oscar em sua carreira, na categoria de melhor atriz. Das sete indicações ao Oscar, o filme arrematou duas: uma na categoria de melhor edição de som e outra na de melhores efeitos visuais, esta última repetindo a premiação do primeiro filme. Mais ousado, mais grandioso e com mais cenas de ação, o filme conseguiu impressionar o espectador novamente. Cameron não economizou na quantidade de Xenomorfos ao longo do filme e ainda apresentou a Power Loader, um exoesqueleto mecanizado para levantar materiais pesados. Com um orçamento maior e uma tecnologia mais avançada, o resultado final da movimentação dos Xenomorfos é nitidamente melhor do que o que foi visto no primeiro filme. Se em 1979 os Xenomorfos ficaram mais à espreita, sem se mostrar muito, aqui, no filme de 1986, a ação é frenética e os detalhes dos Xenomorfos podem ser contemplados pelos espectadores nas várias vezes que eles aparecem. Apesar das evoluções técnicas, o filme acaba não sendo tão impactante quanto o primeiro. Justamente pelas dificuldades que o primeiro filme teve, ao optar por esconder mais os Xenomorfos, criou um clima de mistério e terror que engrandeceram o filme, o que não acontece na continuação. Além disso, por Cameron ter optado por entregar um filme mais grandioso, as filmagens foram feitas com planos mais abertos, enquanto que no primeiro foram usados mais planos fechados, causando uma sensação de isolamento que foi benéfica para o clima de terror do primeiro filme. Ou seja, apesar de tecnicamente melhor, o segundo filme acaba não reunindo alguns elementos que estavam presentes no filme de 1979 que acabaram por abrilhantar um pouco mais ele do que a continuação de 1986. Se o primeiro filme foi um sucesso, sua continuação veio para consolidar e transformar Alien em uma franquia de sucesso. O primeiro filme arrecadou quase 105 milhões de dólares em bilheteria, tendo custado 11 milhões. Já o segundo atingiu a marca de 183 milhões, mas custou um pouco mais do que seu antecessor, com 18 milhões. Por isso, a continuação também foi um sucesso, que mesmo não conseguindo superar seu antecessor segundo a crítica, teve um alcance maior de público e alavancou ainda mais o universo dos Xenomorfos através das adições de Cameron para o seu universo. "Afaste-se dela, sua vadia!"