Beijos Que Matam

Beijos Que Matam (1997)

Dirigido por Gary Fleder


Título original
Kiss the Girls
Lançamento
29/09/1997
Gêneros
Thriller, Crime, Mistério, Drama
Duração
1h 56m
Sinopse
Um psicólogo forense (Morgan Freeman) de Washington viaja até a Carolina do Norte para investigar o aparente sequestro de sua sobrinha, que desapareceu do campus universitário em meio a outros sequestros similares. Ele está praticamente certo que as jovens vítimas dos recentes sequestros estão vivas, pois quem está executando estes raptos é um "colecionador". No entanto, ele não sabe se sua sobrinha está entre as possíveis vítimas, mas consegue ser ajudado por uma médica (Ashley Judd) que estava no cativeiro, conseguiu escapar e garante que várias jovens estão vivas, inclusive quem ele procura. O investigador decide então caçar o sequestrador, que usa o pseudônimo de "Casanova".
Elenco
7.0

Publicado em 10 de julho de 2024

Beijos Que Matam

Por Renato FrançaRenato França

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

No Brasil, cerca de 1400 mulheres são assassinadas por ano. Isso coloca o país na 5ª posição dos países com o maior número de feminicídios por ano, em números absolutos. Se considerar por cada 100 mil habitantes, chega-se ao número de 0,67 mulheres assassinadas para cada 100 mil habitantes. É um número que preocupa e exemplifica por que boa parte das mulheres tem medo de sair sozinha pelas ruas. "Beijos Que Matam" é um filme de 1997, dirigido por Gary Fleder, com roteiro de David Klass, que trata justamente do desaparecimento e assassinato de mulheres. Baseado no romance de James Patterson, lançado em 1995, o filme tem um início excelente, com uma ambientação pesada e sombria. O elenco conta com Morgan Freeman, que interpreta o detetive Alex Cross, e está muito bem no papel. Sua performance consegue elevar o nível do filme. Ashley Judd dá vida à doutora Kate McTiernan. Judd consegue entregar uma atuação à altura de Freeman, e os dois estão muito bem ao contracenarem juntos. Cary Elwes interpreta o outro detetive do filme, Nick Ruskin, e sua participação é sólida, mas não chega ao mesmo nível de Freeman e Judd. A trilha sonora cumpre seu papel ao deixar algumas cenas mais pesadas, com melodias carregadas e com um toque de mistério. A fotografia opta pelo que parece óbvio em um filme com a temática de sequestro e assassinatos: escolhe mostrar cenas com ângulos mais fechados em boa parte do filme, para passar a sensação de confinamento e mostrar com mais ênfase o terror no rosto das vítimas. Uma boa escolha. O enredo é bom, mas não chega a ser brilhante. O antagonista é bem construído na primeira metade do filme, mas próximo do fim acaba caindo no problema das motivações. Vilões que se destacam geralmente são bem construídos e possuem motivações que condizem com o personagem, exceto, é claro, se esse vilão for o Coringa, pois esse aí tem como motivação simplesmente ver o caos ao seu redor. "Beijos Que Matam" é daqueles filmes que se coloca para assistir sem muitas pretensões e, de repente, ele te prende na história de uma forma que a única opção é assistir até o fim para entender o desfecho e o que acontece com os personagens. Apesar de alguns problemas, o roteiro é muito competente em prender o espectador e, no geral, é um filme satisfatório de assistir. "Novas cordas para novas músicas"