Kill Bill: Volume 1

Kill Bill: Volume 1 (2003)

Dirigido por Quentin Tarantino


Título original
Kill Bill: Vol. 1
Lançamento
10/10/2003
Gêneros
Ação, Crime
Duração
1h 51m
Sinopse
A ex-assassina conhecida apenas como "A Noiva" acorda de um coma de quatro anos decidida a se vingar de Bill, seu ex-amante e chefe, que tentou matá-la no dia do casamento. Ela está motivada a acertar as contas com cada uma das pessoas envolvidas com a perda da filha, da festa de casamento e dos quatro anos da sua vida. Na jornada, "A Noiva" é submetida a dores físicas agoniantes ao enfrentar a inescrupulosa gangue de Bill, o Esquadrão Assassino de Víboras Mortais.
Elenco
10.0

Publicado em 09 de fevereiro de 2024

Kill Bill: Volume 1

Por Rodrigo AlbuquerqueRodrigo Albuquerque

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Chegou a vez do quarto filme do Diretor Quentin Tarantino que tem presença garantida na minha lista de filmes preferidos dele: "Kill Bill Vol. 1"é justamente o filme de número 4 na sua carreira, sendo ele, um turbilhão de adrenalina e estilo, onde a vingança se transforma em arte nas mãos do diretor. Uma Thurman domina a tela como Beatrix Kiddo, a Noiva, em uma jornada sangrenta contra seus ex-companheiros assassinos e junto a um elenco estelar, que conta com nomes como: Lucy Liu, David Carradine, Daryl Hannah, Vivica A. Fox, Michael Madsen e outros grandes nomes que conseguem brilhantemente dar vida aos personagens criados pelo diretor. Inicialmente, "Kill Bill" seria um único filme, mas por causa da sua duração, foi dividido em dois volumes, onde o primeiro estreou no ano de 2003 e o segundo em 2004. A narrativa não segue uma linha temporal linear, mas nos guia pelas memórias fragmentadas de Beatrix, tecendo um mosaico de sua vida e motivações. Tarantino brinca com o tempo, utilizando flashbacks que prendem a atenção do espectador e criam um ritmo frenético. A violência, marca registrada de Tarantino, está presente em todo o filme, mas nunca é gratuita. Ela se torna um elemento estético, coreografada com maestria e carregada de simbolismo, inspirados em filmes e seriados antigos de kung-fu, faroeste e anime também. As cenas de luta são brutais e hipnotizantes, transbordando sangue e humor, tornando-se uma referência na cultura pop, por ser recheado das referências citadas. Tarantino reverencia seus ídolos e cria uma obra que é ao mesmo tempo homenagem e reinvenção. A trilha sonora, cuidadosamente selecionada por Tarantino, é um personagem à parte. Música clássica, pop e rock se unem para criar uma atmosfera única, ora melancólica, ora explosiva, que complementa perfeitamente as cenas, trazendo muito mais originalidade ao longa. O filme não se limita à ação e à violência. Há espaço para humor ácido, diálogos de altíssima qualidade e momentos de profunda reflexão. Beatrix Kiddo não é apenas uma máquina de matar, mas uma mulher complexa em busca de redenção. "Kill Bill Vol. 1" é uma experiência cinematográfica única, que transcende gêneros e desafia expectativas. É um filme que se ama ou se odeia, mas que jamais deixa ninguém indiferente, pelos inúmeros pontos fortes que a trama possui: A atuação impecável de Uma Thurman, a direção criativa e inovadora de Quentin Tarantino, a trilha sonora memorável e violência estilizada e coreografada que trazem um estilo único e espetacular que é mais um acerto do melhor diretor e roteirista de cinema na minha opinião.