Dirigido por Don Sharp
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Às vezes, algumas pessoas tiram proveito de uma posição social mais elevada para satisfazer suas vontades ou para ficarem impunes de algum delito cometido. É muito comum perceber que a justiça é mais eficaz contra aqueles que possuem pouco ou nenhum poder aquisitivo. Contudo, como é muitas vezes representada através da deusa Têmis, a justiça deveria ser cega e imparcial, ou seja, ser aplicada independentemente de classe social. Em "O Beijo do Vampiro", o Dr. Ravna utiliza sua posição social a seu favor, para benefício próprio e de sua família. Interpretado por Noel Willman, Ravna é o antagonista da história. O filme conta ainda com Edward de Souza, que dá vida a Gerald Harcourt, e Jennifer Daniel, que interpreta Marianne Harcourt, a esposa de Gerald. O casal está em viagem para comemorar a lua de mel, mas acaba ficando preso em um pequeno vilarejo após seu automóvel ficar sem combustível. No geral, as interpretações são regulares, sem nenhuma grande atuação, o que acaba não contribuindo para elevar o nível do filme. A direção de Don Sharp não consegue atingir o mesmo nível dos filmes anteriores ambientados no universo de Drácula. A trilha sonora existe, mas assim como as atuações, não passa de regular, sem nenhum grande momento marcante. O roteiro de Anthony Hinds tem algumas ideias interessantes, com um final diferente, mas que acaba ficando esquisito com algumas decisões da direção de Sharp. Lançado em 1963, "O Beijo do Vampiro" estava previsto para ser o terceiro filme da saga de Drácula pelas mãos da Hammer, que iniciou com "O Vampiro da Noite" (1958) e seguiu com "As Noivas do Vampiro" (1960). Entretanto, devido a problemas contratuais, o filme seguiu como um projeto solo, sem ligações diretas com Drácula, o que foi bom, pois o filme de Sharp é inferior aos dois filmes citados. "Marianne!"