Um suspense eletrizante e contemplativo são os adjetivos que creio que se adequam ao ótimo O Lobo Atrás da Porta. Eu já conhecia a história que inspirou o longa, mas me surpreendi em como o longa toma certas liberdades em abordar machismo, violência sexual e psicopatia. Os personagens nunca são preto no branco, sempre apresentando e chocando o espectador a cada cena. O trio de protagonistas estão estupendos, mas vale ressaltar Leandra Leal, que foi bastante premiada (merecidamente) ao retratar uma dissimulada que em certo momento, dividindo o mérito com um bom roteiro e uma direção sólida, gera empatia, só para no derradeiro fim nos deixar atônitos.