O Vampiro da Noite

O Vampiro da Noite (1958)

Dirigido por Terence Fisher


Título original
Dracula
Lançamento
22/05/1958
Gênero
Terror
Duração
1h 22m
Sinopse
Jonnathan Harker morre aparentemente vítima de um vampiro. Ao investigar a misteriosa morte do amigo, Van Helsing encontra um diário que incrimina o Conde Drácula. Mas Lucy, a prometida de Harker, também foi atacada por um vampiro. O irmão e a cunhada da moça se unem a Van Helsing para capturar a sanguinária criatura.
Elenco
7.8

Publicado em 15 de fevereiro de 2024

O Vampiro da Noite

Por Renato FrançaRenato França

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

"O Vampiro da Noite" é um filme britânico lançado em 1958, com título original "Drácula". O filme recebeu o nome de "Horror of Dracula" nos Estados Unidos para evitar confusão com o Drácula de 1931. Baseado no romance de Bram Stoker, o longa é dirigido por Terence Fisher, com roteiro de Jimmy Sangster e Bram Stoker. Devido ao sucesso, a empresa de filmes Hammer lançou mais oito filmes baseados no universo de Drácula. O primeiro conta com várias figurinhas carimbadas do cinema, entre elas Peter Cushing, que interpreta Van Helsing e em 1977 viveu Tarkin em Star Wars: Episódio IV; Christopher Lee, que vive o Conde Drácula e em 2001/2002 foi Saruman em Senhor dos Anéis; Michael Gough, que interpreta Arthur Holmwood e deu vida ao eterno Alfred Pennyworth no Batman de 1989 e nos demais filmes do morcego na década de 1990. Jonathan Harker, interpretado por John Van Eyssen, vai trabalhar como um bibliotecário no castelo do Conde Drácula em 1885, e após seu desaparecimento misterioso, Van Helsing, que é seu amigo, vai à sua procura. A partir dessa trama, Fisher consegue criar um ambiente sombrio para o filme. A trilha sonora tem papel fundamental na criação desse clima sinistro, e Lee está assustadoramente bem no papel, transmitindo o terror proposto pelo filme. Talvez o único ponto problemático seja que Drácula poderia ter um papel mais ativo no filme; em determinados momentos, ele demora muito a reaparecer. No entanto, Van Helsing é melhor aproveitado nesse filme, ao contrário do que ocorreu com as primeiras adaptações do romance de Drácula, e Cushing se destaca, sendo o ator de destaque que abrilhanta o resultado final do filme. A fotografia do filme é competente, mas se limita a explorar ambientes internos em quase toda a história. A maquiagem e o figurino, sem dúvidas, se destacam, principalmente nos momentos em que Drácula aparece. Cenas que, na época, impactaram o espectador, acabam não tendo o mesmo efeito nos dias de hoje, devido à evolução técnica que os filmes sofreram, mas em nada minimizam o quão corajoso o filme foi em mostrar cenas sem pudor algum. Uma experiência gratificante. O filme foi um tremendo sucesso, recebendo críticas positivas em seu lançamento, e em bilheteria arrecadou mais de 30 vezes o valor de produção do filme. O que justifica os quase dez filmes produzidos no total, baseados no Conde Drácula. Um fato curioso é que o filme de Fisher é considerado o responsável por popularizar as famosas presas de vampiros, com seus caninos crescidos, embora no início da década de 50 alguns filmes turcos e mexicanos já tivessem retratado os vampiros dessa forma. Um filme corajoso, historicamente importante para o gênero de vampiros nas telonas, que merece o reconhecimento que tem.