Dirigido por Frank Darabont
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Os anos vêm e vão e surpreendentemente Um Sonho de Liberdade permanece no topo da lista de melhores filmes de todos os tempos, segundo o IMDB. Essa colocação pode ser discutível, afinal é um site que leva em conta a opinião do público e que está na frente de outros grandes longas, mas é interessante essa ode ao filme de Frank Darabont. Independente dessa polêmica boba, temos aqui um grande drama não só dos anos 90 como também do cinema. A prisão de Shawshank talvez seja um dos lugares mais marcantes na mente dos cinéfilos, visto que a quele lugar nos traga e nos impõe vários sentimentos, como esperança e angústia. E isso é fruto de uma edição estupenda que faz o espectador sentir que habita e sofre naquele inferno. E lá também que nos afeiçoamos ao peculiar Andy (brilhantemente interpretado pelo sumido e oscarizado Tim Robbins) personagem que sabemos que não cometeu crime algum logo no início da projeção, mas que guarda mistérios intrigantes. Diferente de Robbins, Morgan Freeman foi merecidamente indicado pela estupenda performance como Red e é um deleite ver seu trabalho, comedido na dosagem certa e com grande expressividade. O elenco ainda conta com outros bons atores, como Bob Gunton, Clancy Brown e William Sadler (que colabora futuramente com Darabont no ótimo O Nevoeiro). O roteiro escrito pelo próprio Darabont é eficiente em controlar nossas emoções, seja trancafiando o espectador naquele presídio ou fazendo com que a chuva caindo sob Andy e a alegria por sua liberdade seja sentida. Um grande drama humano e um grande adaptação que comprova que Stephen King teve mais sucesso com seus dramas no cinema, Um Sonho de Liberdade talvez não seja o melhor filme de todos os tempos (mas com certeza é melhor que Forrest Gump), mas é obrigatório para todos. Uma lição sobre não perder a esperança diante das barbáries da sociedade.