A Vida é Bela

A Vida é Bela (1997)

Dirigido por Roberto Benigni


Título original
La vita è bella
Lançamento
20/12/1997
Gêneros
Comédia, Drama
Duração
1h 56m
Sinopse
Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.
Elenco

Avaliação média
10.0
10.0

Publicado em 24 de março de 2024

A Vida é Bela

Por Pedro TenórioPedro Tenório

“A vida é bela” é um filme italiano dirigido e estrelado por Roberto Benigni um mestre do humor. Durante a Segunda Guerra Mundial, Guido, um dono de livraria judaica, é levado junto com seu carismático filho Giosué para um campo de concentração nazista e usa da criatividade e humor para convencer o menino de que estariam numa viagem de férias para um jogo valendo um tanque de guerra real, com o objetivo de tirar da mente do garoto os horrores que viviam. Inspirado no livro Ho Sconfitto Hitler de Rubino Romeo Salmoni e também em relatos reais vivido pelo pai de Benigni, que foi preso por dois anos em um campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra, A Vida é Bela é uma das mais cultuadas obras de arte do cinema mundial, vencedor de três óscares, incluindo melhor filme estrangeiro e melhor ator para Benigni. A vida é bela é simplesmente genial em todos os sentidos, trilha sonora, fotografia e no humor genial já característico. Ao mesmo tempo que mostra o horror mostra a sensibilidade de um pai que, em meio a um dos piores momentos que um ser humano pode sofrer, conseguia manter a inocência do filho com muita criatividade. O filme choca e emociona na mesma intensidade. As sacadas de humor de Benigni fazem rir mesmo em meio ao nazismo, o emocionante final de sacrifício até o último segundo de amor de um pai com seu filho e sua esposa chegam a doer na alma.

10.0

Publicado em 14 de abril de 2024

A Vida é Bela

Por Raphael DomingosRaphael Domingos

O filme "A Vida é Bela" é uma emocionante e comovente jornada que combina humor, amor e tragédia de uma maneira única e memorável. Dirigido e estrelado por Roberto Benigni, o filme é uma mistura perfeita de comédia e drama, ambientado na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. A trama segue a história de Guido, um judeu italiano que usa sua imaginação vívida e seu espírito otimista para proteger seu filho pequeno, Giosué, dos horrores do Holocausto. Depois de serem enviados para um campo de concentração, Guido usa seu humor e criatividade para criar um mundo de fantasia ao redor de seu filho, fazendo-o acreditar que estão participando de um jogo para ganhar um tanque de guerra. O filme traz um misto de emoções, alternando entre momentos de alegria e desespero. As atuações e o entrosamento entre Benigni e o jovem ator Giorgio Cantarini, que interpreta Giosué, tem um grande destaque na película. Com performances autênticas são a essência do filme, levando os espectadores a rir, chorar e, acima de tudo, refletir sobre a resiliência do espírito humano diante da adversidade. Além da narrativa envolvente e das atuações excepcionais, a direção de Benigni é excepcional. Ele consegue um equilíbrio perfeito entre os momentos leves e pesados. A ambientação em que o filme se passa também é notável, capturando a beleza da paisagem italiana, contrastando com a brutalidade dos eventos históricos retratados. Em suma, "A Vida é Bela" é uma obra prima do cinema que continua a emocionar os corações dos espectadores. É um filme que nos faz rir e chorar, mas, acima de tudo, nos faz acreditar na beleza da vida, mesmo nas circunstâncias mais adversas.

10.0

Publicado em 24 de março de 2024

A Vida é Bela

Por Renato FrançaRenato França

A vida é cheia de adversidades, mas o que diferencia as pessoas é a forma de encarar os obstáculos que aparecem ao longo do caminho. E o filme retrata isso muito bem, contando a história de Guido, interpretado pelo também diretor e roteirista do filme, Roberto Benigni. Ele conta com a ajuda de Vincenzo Cerami no roteiro. Guido é um rapaz extremamente alegre e que não se deixa abater pela tristeza em momento algum. Com diversos momentos engraçados, o filme tem um ritmo excelente à medida que vai aprofundando temas delicados. O elenco também conta com Nicoletta Braschi, que vive Dora, a mulher por quem Guido se apaixona e pela qual faz de tudo para conquistá-la. Lançado em 1997, "A Vida é Bela" foi indicado a 7 Oscars em 1999 e venceu três: melhor ator, melhor música e melhor filme estrangeiro. De todos os prêmios, sem dúvida, o que mais se destaca é o de melhor ator para Benigni. Durante o processo de filmagem de um longa-metragem, há centenas de pessoas envolvidas, mas a contribuição que Roberto deu para o filme, principalmente na atuação, é espetacular. Extremamente carismático, sempre sorrindo, com diversos momentos marcantes, principalmente com seu filho, Giosué, interpretado por Giorgio Cantarini, Guido é um personagem ímpar. O romance de Guido e Dora é lindo, mas também polêmico se analisado com cautela. Por um lado, passa uma mensagem de que o amor supera todos os obstáculos, mesmo que esse obstáculo seja se apaixonar por alguém que já está comprometido. Por outro, abre espaço para reflexão sobre até que ponto vale a pena insistir em um relacionamento quando se está infeliz. E o ponto mais delicado é como terminar um relacionamento e começar outro. Mas além de seu relacionamento com Dora, é com seu filho que Guido vive os momentos mais tocantes do filme. É muito comum destacar atuações marcantes que mostram toda uma evolução do personagem, seja um personagem que começa o filme imaturo e termina mais maduro, ou um personagem que se arrepende de seus erros e busca a redenção. No caso de Guido, o que vemos é um exemplo de ser humano nas mais diversas situações, e o que muda são as adversidades ao seu redor, incluindo os dias de horror que várias pessoas sofreram nos campos de concentração do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Guido é daqueles personagens que ficam marcados em nossa memória, uma pessoa que seria facilmente um amigo, daqueles de marcar para sair e passar uma tarde inteira conversando e rindo de besteiras. "Principessa!"

10.0

Publicado em 24 de março de 2024

A Vida é Bela

Por Rodrigo AlbuquerqueRodrigo Albuquerque

"A Vida é Bela" (La vita è bella) é um filme italiano de 1997 dirigido e estrelado por Roberto Benigni. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial e acompanha Guido Orefice, um judeu dono de uma livraria que usa seu humor e imaginação para proteger seu filho Giosué dos horrores do Holocausto. O filme se divide em duas partes distintas. A primeira parte se passa na Toscana pré-guerra, mostrando a vida alegre e despreocupada de Guido e Giosué. A segunda parte se passa em um campo de concentração nazista, onde Guido tenta proteger Giosué dos horrores da guerra, transformando a realidade em um jogo com regras inventadas. Roberto Benigni entrega uma performance fascinante como Guido, capturando o humor, o otimismo e a resiliência do personagem, o que lhe rendeu o prêmio no Oscar de melhor ator daquele ano. Giorgio Cantarini também é excelente como Giosué, transmitindo a inocência e a confusão da criança diante da crueldade da guerra. Vale salientar que a química dos dois é simplesmente incrível, nos fazendo rir e chorar várias vezes ao longo do que é retratado. Como diretor, Benigni utiliza uma variedade de técnicas cinematográficas para contar a história, incluindo humor, drama, fantasia e música. A trilha sonora de Nicola Piovani é especialmente memorável e contribui para a atmosfera melancólica e esperançosa do filme, que, por sinal, além de levar a estatueta do Oscar de melhor ator, levou também de melhor filme estrangeiro e melhor trilha sonora. A trama é complexa e multifacetada pois, a capacidade de abordar temas pesados como o Holocausto de forma leve e esperançosa é celebrada por sua mensagem de amor e esperança em face da adversidade. "A Vida é Bela" é um filme único e comovente que oferece uma perspectiva diferente sobre os horrores da guerra, sendo uma verdadeira celebração da vida, do amor e da esperança, mesmo em meio às circunstâncias mais sombrias.

10.0

Publicado em 24 de março de 2024

A Vida é Bela

Por Vandeson NunesVandeson Nunes

Lembro de um momento marcante na minha vida quando assisti A Vida é Bela pela primeira vez quando criança. Minha mãe soluçava de tanto chorar ao ver Guido, personagem interpretado pelo também diretor da obra Roberto Benigni, encontrar dezenas de corpos de judeus massacrados num campo de concentração nazista numa névoa densa. E o marcante disso foi justamente eu, uma criança (que parando para pensar nem deveria ver um filme com tal cena) que não entendia aquela dor e sofrimento que o nazismo impôs à humanidade, ter quase a mesma inocência do jovem Giosué, com a diferencia que o garotinho consegue manter essa inocência apesar dos horrores ao seu redor, enquanto eu e todos que viram esse vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro foram impactados. Benigni entrega um filme que mescla comédia com drama e acerta primorosamente nos dois gêneros. Enquanto a primeira metade do longa traz um romance cômico cativante do malandro Guido e da bela Dora, com ótimas tiradas e algumas pontuais cutucadas ao regime fascista em ascensão na Itália, a segunda ainda permanece com o humor, mas para esconder o martírio enfrentado pelo protagonista para fazer seu filho sorrir numa realidade repleta de atrocidades. A trilha sonora, também premiada, nos envolve nas situações, sejam elas leves ou densas e os cenários, embora se aproveitem das belezas naturais ainda cultivadas da bela Itália, são excelentes. Benigni domina todas as cenas, engolindo tudo com sua tagarelice habitual, mas sem deixar de encantar com sua simpatia ímpar. Merecia o Oscar de Melhor Ator? Não, Edward Norton e sua visceral performance como um neonazista (ironicamente) em A Outra História Americana é atemporal e deveria ter levado o prêmio, mas Benigni, sim, tem um bom desempenho. A Vida é Bela é um estupendo estudo sobre a humanidade e como ela pode ser tanto nociva com o próximo quanto empática com a felicidade alheia. Guido, ao manter a pureza e felicidade de seu filho e de todos ao seu redor, transcendeu e entendeu o real sentido da vida: preservá-la, ser feliz e compartilhar isso com o próximo. Que seja um exemplo a ser seguido. O final pode ser avassalador, como a vida real é, mas também nos traz um belo sorriso, como a vida real também pode nos dar.