Detroit, a Cidade do Rock

Detroit, a Cidade do Rock (1999)

Dirigido por Adam Rifkin


Título original
Detroit Rock City
Lançamento
13/08/1999
Gêneros
Comédia, Música
Duração
1h 35m
Sinopse
Em 1978, quatro adolescentes embarcam numa louca aventura pelas estradas americanas rumo ao show de sua banda favorita, o KISS, na cidade de Detroit. Levados pela paixão pelo grupo de rock, nada poderá impedir o grupo de assistir o grandioso espetáculo.
Elenco

Avaliação média
6.3
6.3

Publicado em 29 de julho de 2024

Detroit, a Cidade do Rock

Por Renato FrançaRenato França

Na década de 1970, uma banda de Nova Iorque começou a fazer muito sucesso, com seus integrantes de rostos maquiados, roupas de couro e apresentações que envolviam fogo, caretas, voos e cuspimento de sangue. Ou seja, a banda tinha todos os ingredientes necessários para que os mais conservadores se sentissem ofendidos, inclusive chegando ao ponto de espalhar que as iniciais da banda KISS significavam "Knights In Satan’s Service" (Cavaleiros Em Serviço de Satã). Com toda a fama da banda KISS, lançar um filme no fim da década de 1990 parecia uma ótima ideia. No entanto, Adam Rifkin foi o responsável por dirigir o filme e, em seu currículo, não tinha nenhum filme de grande expressão no qual foi responsável pela direção. O mais conhecido era "Rotação Máxima" com Charlie Sheen, que, apesar de ser considerado um sucesso, dificilmente é um filme de 1994 que é lembrado. Em "Detroit, a Cidade do Rock", Rifkin trabalha em conjunto com Carl V. Dupré, responsável pela história, e entrega um filme que é divertido e tem como ponto mais forte a trilha sonora. Falando em trilha sonora, o filme leva o mesmo nome de uma música da banda KISS que foi lançada em 1976 no álbum "Destroyer". Com um orçamento absurdo de 34 milhões de dólares, é muito difícil assistir ao filme e conseguir justificar o custo elevado da produção. Talvez a participação da banda KISS tenha inflado o valor? Talvez seja a única justificativa possível. E, por mais que a banda na década de 1990 já tivesse muita fama, não foi suficiente para alavancar a bilheteria, que arrecadou amargos 5,8 milhões de dólares. Um total fracasso, principalmente para as pessoas responsáveis pela produção do filme. No entanto, o que o filme tem de fracasso nas bilheteiras tem de apreciação pelos fãs e hoje é considerado um clássico por eles. O elenco não tem nenhum nome de grande expressão, nem possui nenhuma atuação que se destaque no filme. No entanto, vale uma menção a Edward Furlong, que interpreta Hawk e talvez seja o responsável por uma das cenas mais polêmicas do filme ao tentar ganhar dinheiro em uma casa noturna, e Melanie Lynskey, que interpreta Beth. Ambos ficaram bastante conhecidos por participar de "O Exterminador do Futuro 2" (John Connor) e "Dois Homens e Meio" (Rose), respectivamente. Com músicas do próprio KISS, o filme traz uma trilha sonora carregada de vários sucessos para os amantes de rock. Com músicas de Van Halen, Pantera, Black Sabbath, Marilyn Manson com cover de "Highway to Hell" do AC/DC, David Bowie, The Runaways e outras bandas de rock, é aqui onde o filme brilha. Para quem é fã de rock, o filme possui uma trilha sonora excelente. No entanto, em todo o resto, o filme é apenas regular, sem nenhuma grande atuação e com uma história besta como era de se esperar para uma comédia da década de 1990.