Quando assisti a primeira vez muitos anos atrás lembro de ter gostado muito do filme, só tinha poucas lembranças do que acontecia nele, então foi praticamente como assistir a primeira vez, e de novo gostei muito, ótimas cenas de ação. O filme te prende do começo ao fim, me lembrou um robocop com apocalipse futurista, elenco muito bom, pancadaria estilo anos 90, já se esperava por ser um remake, daqui a alguns anos provavelmente assistirei novamente pois é um filme que não cansa.

Quando se trata de remake, sempre ficarmos com um pé atrás, pois, na maioria das vezes, os filmes refeitos não são satisfatórios em relação ao clássico. Entretanto, quando se trata do filme "Dredd: O Juiz do Apocalipse", encontramos uma bela produção, com um ótimo roteiro e bastante violência para o telespectador. O filme traz em seu enredo uma cidade no futuro em que existe uma grande violência em seu interior. Diante disso, existe a figura do juiz com o objetivo de tentar conter estes atos e que adota atitudes de julgar, condenar e executar a pena. A partir daí, o juiz Dredd e a aprendiz e Anderson, que possui poderes psíquicos, vão responder a um chamado na cidade dominada pela vilã Ma-Ma e lá serão caçados incansavelmente durante todo o prédio. No que diz respeito à atuação, temos Karl Urban, fazendo o papel do juiz Dredd, sempre realizando boas atuações nos filmes do qual participa; Olivia Thirlby no papel da aprendiz de juiz, Anderson; e Lena Headey, com uma excelente atuação, como a vilã Ma-Ma. Em geral, é um filme que agrada bastante, com muita ação, bastante sangue, com excelentes direção, roteiro e efeitos visuais. Todavia, para quem está procurando um filme no qual alguém vai ficar bonzinho e ter o coração amolecido, esse definitivamente não é o filme indicado para assistir.

Um bom filme baseado em quadrinhos. Ação do início ao fim e algo que me agradou bastante: slow motion utilizado como parte da narrativa e não apenas como recurso para criar set pieces bonitos. Agregou bastante valor ao filme. A história em si não é lá nada absurdo de bom, mas cumpre o papel de entreter o expectador. Nem todos os personagens são bem desenvolvidos, destaque pra Olivia Thirlby que pra mim teve o personagem mais bem desenvolvido do filme e entregou uma boa atuação como a aspirante Anderson. Karl Urban está bem no papel do juiz Dredd, o destaque negativo fica Lena Headey que acabou sendo uma vilã rasa. Não vejo problemas na atuação dela, é o roteiro que entrega pouco pro personagem dela e acaba baixando um pouco o nível do filme. No fim, um filme baseado em quadrinhos que fica ali um pouco acima da média.

"Dredd", Filme de 2012, se tornou uma grata surpresa pra mim, por ter uma boa qualidade e por ser um filme de ação visceral e implacável que mergulha em um futuro distópico dominado pelo crime e pela violência. O Juiz Dredd, interpretado perfeitamente pelo ator Karl Urban, o "Billy Bruto" da ótima série "The Boys", é a personificação da lei em Mega-City Um, uma megalópole decadente e infestada de criminosos. O diretor Pete Travis cria sequências de ação memoráveis, utilizando câmera lenta e efeitos visuais para realçar a brutalidade do combate. A violência é estilizada e exagerada, mas nunca gratuita, servindo para retratar a realidade cruel do mundo em que Dredd vive. Além disso, o design de produção é impecável, criando uma atmosfera sombria e decadente. Mega-City Um é um personagem à parte, com seus arranha-céus imponentes, becos escuros e neon pulsante. Urban entrega uma performance impecável, capturando a natureza implacável e inflexível de Dredd. Sua voz grave e postura rígida transmite autoridade e força, enquanto seus olhos penetrantes revelam um homem atormentado por sua missão. Não podemos esquecer da atuação impecável da atriz Lena Headey como a vilã implacável Ma-Ma, a líder de uma gangue implacável. Sua personagem é complexa e ameaçadora, com uma crueldade que rivaliza com a de Dredd. Um filme que não se leva a sério: Apesar da violência e da seriedade do tema, Dredd possui um humor ácido e sarcástico que permeia a narrativa. O humor serve para aliviar a tensão e adicionar um toque de irreverência à história. Em seu núcleo, Dredd é uma crítica à sociedade distópica que retrata. A violência desenfreada, a pobreza extrema e a corrupção desenfreada são reflexos de problemas reais do mundo contemporâneo. A trama conta com um ritmo acelerado, que pode ser cansativo, pois os personagens secundários se tornam pouco desenvolvidos e seu final repentino me deixou com uma enorme sensação de que faltaram muitas coisas a serem esclarecidas. "Dredd" é um filme de ação implacável e visceral que te prende do início ao fim. É um filme violento, mas também divertido, com um humor ácido e uma crítica social velada, que apesar dos pontos negativos citados acima, vale a pena ser assistido. Se você procura por ação frenética, personagens memoráveis e um universo rico em detalhes, "Dredd" é o filme certo para você. Para uma melhor experiência, dou a seguinte dica: assista ao filme na sua versão original legendada, para uma melhor experiência, para poder apreciar a performance excelente de Karl Urban e a riqueza dos diálogos.

Dredd trata o material fonte, no caso a hq britânica, com grande respeito. A violência estilizada, o visual sujo de Mega City e as cenas de ação são os grandes destaques dessa adaptação que infelizmente não fez sucesso e não teve uma merecida sequência. O longa aborda superficialmente a cidade, um elemento importante nas hq, algo que até o regular filme de 1995 com Stallone conseguiu fazer melhor, e a trama tem ecos da obra prima Operação Invasão, mas ainda é um entretenimento de qualidade. Karl Urban pode não ter o porte físico nem o queixo de Sly, mas de longe tem um desempenho melhor, assim como Lena Headey. Perto de adaptações recentes, Dredd se sobressai e merece mais reconhecimento e novas oportunidades.