Einstein e a Bomba

Einstein e a Bomba (2024)

Dirigido por Anthony Philipson


Título original
Einstein and the Bomb
Lançamento
16/02/2024
Gêneros
Documentário, Drama
Duração
1h 16m
Sinopse
O que aconteceu depois que Einstein fugiu da Alemanha nazista? Com imagens de arquivo e as palavras dele, este documentário mergulha na mente do gênio torturado.
Elenco

Avaliação média
7.1
7.5

Publicado em 06 de março de 2024

Einstein e a Bomba

Por Pedro TenórioPedro Tenório

"Einstein e a bomba" é um documentário de drama da Netflix que veio em meio ao lançamento do excelente “Oppenheimer” e para quem viu serve como uma visão mais detalhada sobre o papel do físico na criação da bomba atômica. Vindo de uma família de judeus não praticantes, Einstein sai refugiado da Alemanha em 1933 diante do crescente domínio nazista e de suas críticas veementes ao partido de Hitler, primeiro se refugia na Inglaterra por um bom tempo, após uma palestra que repercutiu ele parte para os Estados Unidos onde viveria até o fim dos seus dias. O documentário mostra toda a preocupação de Einstein quanto a proximidade da Alemanha nazista de construir uma bomba usando um estudo seu sobre massa e energia, declaradamente pacifista ele entra em conflito interno sobre o que deveria fazer, se calar e deixar a criação que causaria a desgraça da humanidade pela Alemanha ou tentar alertar o presidente Truman que governava na época, foi o que ele fez, toda a carta enviada e lida em tela. Após o sucesso do projeto Manhattan do qual Einstein não participou por decisão americana por seu ativismo frequente, as consequências da bomba jogada em Hiroshima e Nagasaki atormenta a todos os cientistas que entram em conflito moral, será que apenas a notícia de se ter a bomba não seria suficiente para a suposta paz que foi prometida? Até o fim dos seus dias Albert Einstein se sente culpado mesmo que sua participação tenha sido indireta, o documentário vale muito a pena pois tem áudios e imagens reais mescladas com uma encenação fluida para complementar a história.

6.0

Publicado em 20 de agosto de 2024

Einstein e a Bomba

Por Raphael DomingosRaphael Domingos

No documentário da Netflix “Einstein e a Bomba”, busca-se apresentar a história antes e depois da ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, focando em um dos maiores cientistas da história da humanidade: Albert Einstein. Cada passo é narrado desde sua chegada à Inglaterra como exilado, devido à perseguição constante aos judeus na Alemanha. Após isso, Einstein se mudou para Princeton, nos Estados Unidos, onde viveu até seus últimos dias. Um documentário sobre uma das figuras mais importantes da história da ciência e de outros ramos do conhecimento merece um aprofundamento maior. Sob a direção de Anthony Philipson, há um tratamento da história bastante superficial, carecendo de elementos importantes, tanto históricos quanto científicos, para o contexto que envolve a vida de Albert Einstein. Um ponto positivo foi a apresentação do dilema moral enfrentado pela maioria dos cientistas envolvidos no projeto de construção da bomba atômica, desde a conclusão de sua construção e testes até o momento em que foi lançada no Japão, em Hiroshima e Nagasaki. No geral, foi um documentário um tanto decepcionante do ponto de vista histórico e científico, podendo ser classificado como superficial. Para um aprimoramento, poderia ter sido acrescentado um pouco mais de tempo e, com isso, uma abrangência maior no tratamento de um acontecimento histórico e científico tão importante para a humanidade.

6.0

Publicado em 06 de março de 2024

Einstein e a Bomba

Por Renato FrançaRenato França

Lançado em 2024, com direção de Anthony Philipson e roteiro de Philip Ralph, Einstein e a Bomba (Einstein and the Bomb) é um documentário em torno do físico alemão Albert Einstein e sua relação com o projeto Manhattan. O documentário da Netflix é um complemento interessante para o filme Oppenheimer, pois utiliza diversas filmagens reais e fotos, para ilustrar um dos períodos mais obscuros da humanidade: a Segunda Guerra Mundial. O documentário mistura a exibição de filmagens da época, com filmagens cinematográficas para ilustrar alguns desses períodos. O elenco conta com Aidan McArdle, que interpreta Albert Einstein; Andrew Havill vive o amigo de Einstein, Locker-Lampson; e Helena Westerman interpreta Barbara Goohall, que foi uma das mulheres responsáveis pela segurança de Albert no período em que ele ficou na Inglaterra. Ela se casaria com Lampson anos depois. Mesmo curto, o documentário tem diversos registros importantes da Segunda Guerra Mundial. Mostra um pouco das consequências das bombas lançadas no Japão, em 1945, no qual mais de 200 mil japoneses foram assassinados instantaneamente de forma aterrorizante. Philipson foca em mostrar o período que o físico alemão passou refugiado na Inglaterra, e como a utilização da bomba pelos americanos deixou marcas de arrependimento que Albert levou até os últimos dias de sua vida. Einstein era um ativista declarado, e totalmente contra o uso das bombas. Atribuir a ele, mesmo que em escala menor, a criação da bomba, por causa da sua teoria da relatividade, é um dos pontos levantados no documentário, além de ser bem polêmico. Há quem defenda que se o físico nunca tivesse existido, a teoria da relatividade só seria descoberta anos, ou décadas depois e com isso não haveria tempo hábil para conclusão do projeto Manhattan. No entanto, há quem defenda que a bomba existiria independente de Albert existir, ou não. Suposições de lado, um fato inegável é que Philipson e Ralph não tiveram coragem de mostrar no documentário que a as bombas Little Boy, detonada em Hiroshima, e Fat Man, detonada em Nagasaki, não foram responsáveis pelo fim da Segunda Guerra Mundial. O Japão já estava derrotado e não tinha mais condições de sustentar a guerra, com ou sem as bombas, a única opção para os japoneses era se render. As bombas foram detonadas por puro orgulho humano de fazer valer os anos de investimento e os milhões de dólares gastos no projeto Manhattan. É um registro interessante de um período da vida de um dos físicos mais famosos da história, mas que poderia ter se aprofundado mais na vida de Albert e também mostrado a real motivação do uso das bombas.

8.0

Publicado em 06 de março de 2024

Einstein e a Bomba

Por Rodrigo AlbuquerqueRodrigo Albuquerque

"Einstein e a Bomba" é um documentário que acabou de entrar no catálogo da Netflix e mergulha em um capítulo menos conhecido da vida do físico mais famoso do mundo: seu papel no desenvolvimento da bomba atômica. O filme explora as motivações de Einstein, suas dúvidas e, posteriormente, seu profundo arrependimento. O documentário teve uma boa narrativa, mesclando entrevistas com especialistas, imagens de arquivo e dramatizações que dão vida à história. A trilha sonora contribui para deixar a atmosfera imersiva. O filme vai além da ciência e explora as implicações éticas e políticas da bomba atômica. Aborda o contexto histórico da época, a ascensão do nazismo e a paranóia da Guerra Fria, contextualizando as decisões de gênio alemão. O documentário evita a idolatria e apresenta o físico como um ser humano complexo, com erros e acertos. Mostra suas lutas pessoais, suas dúvidas e seu profundo arrependimento por ter contribuído para a criação da bomba. As atuações dos atores nas recriações dramáticas são convincentes, as imagens de arquivo raras são impactantes, as entrevistas com especialistas renomados se mostram eficazes e a abordagem equilibrada e crítica do papel de Einstein são bem desenvolvidos. Mas o ritmo é muito lento em alguns momentos, sem contar com o foco excessivo no seu passado, que acaba nos trazendo pouca análise em seu legado. "Einstein e a Bomba" é um documentário informativo, emocionante e instigante. Tirando os momentos já citados, em que o ritmo é muito lento em alguns momentos e o grande foco em seu passado acabam muitas vezes deixando de lado seu legado, a obra nos leva a refletir sobre o poder da ciência, as responsabilidades dos cientistas e as consequências devastadoras da guerra. É um filme importante, principalmente para quem se interessa por história, ciência, ética e a vida de um dos maiores gênios da humanidade.

8.0

Publicado em 06 de março de 2024

Einstein e a Bomba

Por Vandeson NunesVandeson Nunes

Quando anunciado o lançamento do projeto Einstein e a Bomba pela Netflix, achei que seria um bom complemento ao badalado Oppenheimer, grande sucesso de 2023 e favorito em várias premiações. De fato, o longa dirigido por Anthony Philipson aborda rapidamente o envolvimento indireto do gênio alemão na criação da bomba atômica que ditou o fim da Segunda Guerra Mundial, mas o foco principal da obra não é esse. E o que posso afirmar é: ainda bem. Cobrindo décadas da carreira de Albert Einstein e misturando documentos e vídeos reais com cenas recriadas por atores (destacando Aidan McArdle no papel principal e auxiliado por uma boa maquiagem), a produção tem como grande acerto detalhar história do alemão como pacifista e crítico a regimes totalitaristas, como o nazismo alemão que o exilou na Inglaterra. A curta duração poderia ser um problema, já que havia uma chance de deixar detalhes importantes de lado, mas o que temos é uma boa desse matérias em várias mídias que esmiúçam tanto a ascensão da ideologia de Hitler na Europa quanto a genialidade e altruísmo de Einstein. Ainda há espaços para as contribuições dele para a ciência e o roteiro deixa tudo acessível até para um leigo. A participação de Einstein na bomba e sua opinião a respeito de seu uso são pontos altos (muito bem mostrados no filme de Nolan), mostrando pontos interessantes de seu pensamento, como o questionamento do ataque dela em um lugar habitado ao invés de uma exibição sem mortes para o apavoramento de nações inimigas. Curto, porém preciso, Einstein e A Bomba é mais que um complemento de Oppenheimer como muitos pensam ao escolher esse filme no streaming. É um mergulho numa mente brilhante que ensinou que a ciência é tão preciosa e precisa para a sociedade como a empatia e respeito pela vida.