Godzilla e Kong: O Novo Império

Godzilla e Kong: O Novo Império (2024)

Dirigido por Adam Wingard


Título original
Godzilla x Kong: The New Empire
Lançamento
27/03/2024
Gêneros
Ficção científica, Ação, Aventura
Duração
1h 55m
Sinopse
O poderoso Kong e o temível Godzilla se unem contra uma colossal ameaça mortal escondida no mundo dos humanos, que ameaça a existência de sua espécie e da nossa. Mergulhando profundamente nos mistérios da Ilha da Caveira e nas origens da Terra Oca, o filme irá explorar a antiga batalha de Titãs que ajudou a forjar esses seres extraordinários e os ligou à humanidade para sempre.
Elenco

Avaliação média
6.0
6.0

Publicado em 21 de junho de 2024

Godzilla e Kong: O Novo Império

Por Vandeson NunesVandeson Nunes

A franquia Godzilla sempre foi marcante na minha vida de cinéfilo, uma vez que a versão americana de 1998 do lagartão foi a primeira obra que vi, com 8 anos de idade, no cinema. Apesar de não ser um grande filme (pensei isso até na época), me fez gostar do personagem e até cheguei a ver alguns filmes japoneses posteriormente, tanto em VHS quanto em exibições na TV aberta. Com isso, qualquer projeto envolvendo o Godzilla tinha minha atenção, destacando o ótimo Shin Godzilla e o longa que iniciou o Monstervese em 2014 de forma satisfatória, Godzilla. Uma pena que as sequências dessa franquia derraparam bastante e com o recém-lançado Godzilla e Kong: O Novo Império não foi diferente, ainda que o filme tenha seus acertos. O filme é dirigido novamente pelo genérico Adam Wingard, mesmo diretor do regular Godzilla vs Kong e dono de uma filmografia em que só destaco o divertido Você é o Próximo (afinal ele comandou os péssimos Death Note e A Bruxa de Blair), que aqui entrega mais um trabalho com trama rasa. Claro que quem vai ao cinema ver um longa como esse quer ver uma grande treta entre monstros de CGI, mas custava entregar uma boa trama que preparasse bem o terreno para isso, com personagens envolventes e uma ameaça palpável? Enquanto as cenas de ação se destacam tanto na qualidade visual quanto no ritmo frenético, o roteiro é uma farofada que não consegue despertar tensão, sendo o maior resultado disso o pouco tempo de tela do principal antagonista, Scar King. Os atores são bons, mas não têm muito o que fazer com um texto repleto de exposição barata e piadas mais sem graça que os últimos filmes da Marvel. Parando para refletir, não é difícil deduzir o porquê da franquia Monstervese estar decaindo na qualidade de seus filmes. Embora eu goste de Kong: Ilha da Caveira, a franquia parece estar focada só em vender brinquedos. Tudo bem ter isso como foco, mas não custa entregar algo decente em troca, principalmente para os fãs. O desdém é tão grande que o próprio Godzilla é escanteado, podendo ser até considerado descartável para o longa (sem falar que a razão para ele ficar rosa não só é ridícula como em nada acrescenta à trama), deixando espaço de sobra para Kong (e sua manopla robótica feita para vender brinquedos) se destacar. Godzilla e Kong: O Novo Império tem cenas eletrizantes e bons efeitos visuais, mas é apelativo de um jeito que Hollywood sempre gostou: pouco conteúdo com uma embalagem bonita. Godzilla: Minus One tá aí para provar que, se feito com paixão e respeito tanto ao material quanto ao público fiel, dá pra sair um material arrasador como o Rei dos Monstros.