Dirigido por James Cameron
A inteligência artificial (IA) tem evoluído rapidamente nos últimos anos, mas ainda está longe de se tornar uma ameaça à raça humana. No entanto, vem ameaçando várias posições de trabalho, pois a IA já consegue criar textos, imagens e vídeos. Diversos países já estão criando leis para regulamentar o seu uso, com o objetivo de evitar eventuais danos à sociedade. Em 1984, o filme americano "O Exterminador do Futuro" trouxe para as salas de cinema um universo distópico onde a IA teria se desenvolvido o suficiente para ganhar consciência própria e decidir exterminar a raça humana. Os acontecimentos do filme estavam extremamente distantes da realidade vivida pelas pessoas naquele ano de 1984. A internet ainda estava sendo desenvolvida e a grande maioria das pessoas não fazia nem ideia de sua existência, pois só começou a se popularizar por volta de 1994. Celular era artigo de luxo e quase ninguém usava. Computador pessoal? As coisas eram feitas utilizando o bom e velho papel e caneta. Nem o CD era popular, usava-se fita cassete. Diante da realidade em que o filme foi lançado, aliada a uma boa direção e boas atuações, foi um sucesso de bilheteria e de crítica. Arnold Schwarzenegger, mesmo com suas limitações de interpretação, foi muito bem aproveitado e se encaixou perfeitamente no papel do exterminador, um robô sem espaço para interpretações emotivas, combinou perfeitamente com o ator. Sua carreira foi alavancada após o filme, merecidamente. Linda Hamilton escolheu bem seus trabalhos em 1984, tendo participado de bons filmes, entregando boas atuações, teve provavelmente seu melhor ano na carreira como atriz. Sarah Connor marcou sua carreira, tendo retornado em filmes posteriores da franquia. Por fim, o filme conta com Michael Biehn, responsável por interpretar Kyle Reese. Ele vem do futuro com o objetivo de proteger Connor do exterminador. Sua atuação não se destaca, mas entrega o necessário para manter o nível do filme. A direção de James Cameron impressiona, pois é apenas o seu segundo longa-metragem. Responsável pelo roteiro, junto com Gale Anne Hurd, conseguem entregar um filme que, apesar de possuir efeitos especiais que possam fazer com que alguns espectadores estranhem devido aos 40 anos de lançamento, é bem satisfatório de se assistir ainda hoje. O roteiro, quando trazido para a contemporaneidade, possui temas interessantes para debate, principalmente pelo auge do uso da inteligência artificial. Talvez, com o passar do tempo, o filme se torne mais impactante de acordo com a evolução da IA. "Eu voltarei"