O Garoto

O Garoto (1921)

Dirigido por Charlie Chaplin


Título original
The Kid
Lançamento
21/01/1921
Gêneros
Comédia, Drama
Duração
1h 8m
Sinopse
Uma mãe abandona seu filho com um bilhete em uma limusine, mas o carro acaba sendo roubado e a criança é deixada em uma lata de lixo. Um vagabundo encontra o bebê e passa a cuidar dele. Cinco anos depois, a mulher tenta encontrar o filho perdido.
Elenco

Avaliação média
10.0
10.0

Publicado em 06 de março de 2024

O Garoto

Por Renato FrançaRenato França

Lançado em 1921, "O Garoto" (The Kid) é um filme americano e o primeiro filme de Charlie Chaplin a ultrapassar os 60 minutos, no qual é responsável pela direção e pelo roteiro. Além de Chaplin, que interpreta o vagabundo, o elenco conta com Jackie Coogan como o garoto, Edna Purviance interpreta a mulher, e Carl Miller vive o homem. Na era dos filmes mudos, a criatividade estava em alta, pois era necessária para compensar a ausência de diálogos falados durante um longa-metragem. Charlie, sem dúvida, é um dos expoentes máximos dessa era, e seus filmes ainda hoje são muito divertidos de assistir. Talvez seja uma ótima porta de entrada para as pessoas que têm dificuldades em assistir filmes dessa era. Extremamente carismático, Chaplin entrega uma performance excelente e uma história cativante. A mulher, sem condições de criar seu filho recém-nascido, abandona-o, e ele acaba sendo encontrado pelo vagabundo. A partir daí, a história é desenvolvida, sempre divertida e com mensagens bonitas que envolvem o amor e a família. No entanto, o filme também reserva um tempo para mostrar as dificuldades que uma família tem para colocar comida na mesa, o companheirismo, laços de amor que são construídos, e alguns acontecimentos que não seriam vistos com bons olhos nos dias atuais. O filme foi aclamado pela crítica no seu lançamento e foi um enorme sucesso de bilheteria, principalmente por ter sido a primeira vez que Chaplin decidiu partir para uma filmagem mais longa, devido a problemas pessoais, saindo da sua zona de conforto de curta-metragem, e entregando um filme mais longo. E mesmo sendo mais longo, em nenhum momento o filme se torna enfadonho ou tem a famosa "barriga", que são momentos nos quais muitas pessoas reclamam por perder o ritmo e se tornar desinteressante. Um filme leve, que arranca várias risadas do espectador, mas que também consegue ser profundo emocionalmente. "6 rolos de Alegria".