Dirigido por Gina Prince-Bythewood
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A trama tem seus pontos positivos. As atuações de Viola Davis, que interpreta a líder Nanisca, e da jovem atriz Thuso Mbedu, no papel de Nawi, são muito boas. Inclusive, a construção dessa personagem é feita de forma tão intensa que chega a ofuscar outros personagens, incluindo o de Viola. As cenas de batalha são bem coreografadas, e o filme apresenta uma fotografia bonita, repleta de cores que capturam de forma cativante a cultura daquele povo e das guerreiras Agojie, um exército formado por mulheres treinadas desde crianças para serem defensoras do Reino do Daomé. O filme foi promovido como 'baseado em fatos reais', e é aí que começam a surgir diversos desencontros históricos com o roteiro. Abordar temas relacionados à escravidão é sempre complicado por ser um assunto muito sensível e cruel. E é exatamente nisso que o filme se perde completamente. O Reino do Daomé, retratado no filme, historicamente, pelo que sei, nunca deixou de traficar escravos. Além disso, a escolha de atores de outras nacionalidades para interpretarem personagens históricos brasileiros deixou a trama ainda mais confusa, inserindo subtemas desnecessários. Isso fez com que a qualidade do filme caísse e o roteiro se perdesse várias vezes entre contar a história real e adaptá-la.