Abigail

Abigail (2024)

Dirigido por Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett


Título original
Abigail
Lançamento
16/04/2024
Gêneros
Terror, Thriller, Comédia
Duração
1h 53m
Sinopse
Depois de um grupo de aspirantes a criminosos raptar a filha bailarina de 12 anos de uma poderosa figura do submundo, tudo o que têm de fazer para receber um resgate de 50 milhões de dólares é vigiar a rapariga durante a noite. Numa mansão isolada, os captores começam a diminuir, um a um, e descobrem, para seu horror crescente, que estão trancados lá dentro com uma menina nada normal.
Elenco
6.0

Publicado em 14 de julho de 2024

Abigail

Por Vandeson NunesVandeson Nunes

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Filmes de terror vampirescos sempre me entretiveram, mesmo que dificilmente me assuste com algum exemplar. E como hoje eu não consigo encontrar obras boas do gênero (o último bacana que vi foi Céu Vermelho-Sangue), vi em Abigail uma chance de me divertir bastante. Talvez pelo maior atrativo do longa: a direção da dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillet, que vem ganhando destaque no cenário do horror graças aos dois últimos Pânico e o ótimo Casamento Sangrento. Porém, ainda que eu tenha algumas ressalvas com os dois filmes do Ghostface, afirmo, tristemente, que Abigail é o filme mais irregular dos cineastas. A trama apresenta criminosos que se envolvem no sequestro de uma bailarina de doze anos, filha de um influente homem do submundo. Enquanto aguardam o pagamento do resgate, eles precisam observar a criança por uma noite em uma mansão isolada. No entanto, não demora muito para que a noite seja longa e sangrenta, cortesia da criança, que é muito mais do que aparenta. De antemão, vale esse conselho: para que Abigail possa extrair um pouco do espectador, é indicado que este não veja o trailer, que entrega mais do que deveria. Sendo assim, pode-se aproveitar um pouco da premissa bacana, mas não original, que o filme propõe. E olhe que o começo do longa cumpre bem o seu papel, situando bem os personagens, sem perder tempo. A personagem que dá nome ao título já é apresentada logo de cara e é interpretada pela talentosa Alisha Weir, que convence tanto como garotinha indefesa quanto como vampira voltada para a geração TikTok com suas danças à la M3GAN. Carismáticos, Melissa Barrera (que trabalhou com os cineastas em Pânico), Dan Stevens e Kevin Durand entregam desempenhos que divertem o público e fazem o que podem com o roteiro que pouco inova no gênero e derrapa em clichês logo no início do segundo ato, que, embora conte com boas cenas cômicas e sangrentas, pouco assustam. Ironicamente, o terceiro ato até tenta fugir do esperado em filmes slashers (que, no final, é o que Abigail acaba sendo), mas acaba mirando num desfecho que mais parece filme de super-heróis, destoando de tudo que vinha sendo mostrado. Com um bom elenco, maquiagem e uma direção segura, mas pouco ousada, Abigail pode até divertir com uma trama promissora, mas peca pela falta de ousadia e originalidade que o tema vampiresco precisa. Fica só a sensação de que algo já foi visto melhor executado em outras várias obras.