Dirigido por Brad Bird
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Ver finalmente a animação O Gigante de Ferro (eliminando assim a obra da minha lista da vergonha) foi uma experiência e tanto, trazendo prazeres que há muito eu não sentia vendo algo do gênero. Isso porque o filme não só traz a saudosa animação 2D que predominou até o começo dos anos 2000 como também homenageia os filmes de ficção científica dos anos 50, época áurea do gênero. Muito antes de Brad Bird entregar o estupendo Os Incríveis, ele já havia demonstrado grande talento nesse clássico injustamente esnobado nas bilheterias. A animação tem um pouco das obras clássicas, com desenhos em duas dimensões que expressam bem o que os personagens sentem e ainda conta com cenários e cenas de ação de tirar o fôlego, ainda que conte com um tímido uso de 3D, que aos poucos galgava sua ascensão. A ação é empolgante e séria, algo inesperado em um filme destinado ao público infantil. Mas é aí que está o trunfo do filme, uma vez que os adultos com certeza serão tocados em algum momento. Ainda sobra espaço para cutucada na surreal Guerra Fria e como a humanidade cedia espaço para a paranóia cega do exército americano, mostrando que o carismatico Gigante, dublado pelo ainda desconhecido Vin Diesel, expressa mais afeto a vida que os homens. A amizade entre o personagem de ferro e o simpático Hogarth é contagiante e as mensagens que ambos recebem é compartilhada e sentida pelo público com eficácia. Empolgante, comovente, lindamente animado e uma grande homenagem ao cinema dos anos 50, O Gigante de Ferro não é um filme cultuado à toa e merece ser visto e revisto, já que se trata de uma animação melhor e mais essencial que muitas lançadas hoje em dia.