Rocketman

Rocketman (2019)

Dirigido por Dexter Fletcher


Título original
Rocketman
Lançamento
17/05/2019
Gêneros
Música, Drama
Duração
2h 1m
Sinopse
A trajetória de como o tímido Reginald Dwight (Taron Egerton) se transformou em Elton John, ícone da música pop. Desde a infância complicada, fruto do descaso do pai pela família, sua história de vida é contada através da releitura das músicas do superstar, incluindo a relação do cantor com o compositor e parceiro profissional Bernie Taupin (Jamie Bell) e o empresário e o ex-amante John Reid (Richard Madden).
Elenco
9.0

Publicado em 18 de fevereiro de 2024

Rocketman

Por Vandeson NunesVandeson Nunes

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

É interessante como, em um intervalo de um ano, duas cinebiografias dedicadas a dois grandes ícones da música foram lançadas. Enquanto "Bohemian Rhapsody" se mostrou um desastre narrativo e dono de uma edição caoticamente editada (inexplicavelmente oscarizada também), "Rocketman" se saiu superior em todos os aspectos necessários para uma cinebiografia e para um bom filme. Primórdios. Auge. Queda. Retorno Triunfal. Itens obrigatórios para retratações das vidas de músicos que marcaram a história, principalmente rockstars, e "Rocketman" conta com todos eles. Sexo, drogas e excessos estão presentes, mas o talento e a arte que Elton John emana são sempre respeitados. Os dramas de John para ser amado são bem convincentes, e saber como foi sua juventude e onde foi criado só aumenta nossa simpatia por ele, não apenas por ser o futuro astro musical, mas por sabermos que antes ele era Reginald Kenneth Dwight. E essa parte é um trunfo graças ao talento do elenco, destacando-se aqui Bryce Dallas Howard, como uma mãe sem afeto. Quando "Rocketman" decola (trocadilho não intencional), é puro deleite. São músicas que nos impulsionam ou nos envolvem em emoções (o momento de criação de "Your Song" é singular não apenas para as personagens em cena, mas também para o espectador), auxiliadas por um belo trabalho de figurino e edição (esta sim bem executada). Mas o combustível do longa é Taron Egerton, que se entrega com tudo ao papel. Além de uma semelhança física ajudada por uma boa maquiagem, o britânico arrasa nas canções. Chega a ser injusto como Rami Malek foi exaltado em premiações do ano anterior por sua interpretação fraca como Freddie Mercury, pois além de não lembrar o cantor, ele era dublado nas músicas (mas era pedir demais também), enquanto Egerton foi mais completo. Fica o pensamento de que "Bohemian Rhapsody" só foi lembrado em premiações pelo sucesso que fez, mas a verdade é que ele tirou o impacto que o longa de Dexter Fletcher (que ironicamente assumiu as filmagens do filme sobre o Queen após as polêmicas com Bryan Singer) merecia ter. Bem dirigido, contagiante e com ótimas atuações, "Rocketman" não tem vergonha de expor os defeitos de Elton John ou qualquer outra peculiaridade (outra alfinetada para o filme do Queen) e acerta em equilibrar com a genialidade que ele possui.