"Rocketman" é uma cinebiografia diferente de várias outras feitas, por ter o próprio Elton John como produtor. O longa causou preocupação em algumas pessoas, mas o que se viu foi um filme autêntico, que não teve medo de retratar a verdade da vida do astro, não só como um ídolo perfeito, mas um ser humano falho, vulnerável, viciado, depressivo, como qualquer pessoa pode ser. O sucesso do filme se deve principalmente a Taron Egerton, com uma atuação perfeita nos trejeitos e até maneira de cantar. Ele mesmo canta as músicas do cantor, o que dá grande personalidade a sua atuação, seja como o introspectivo e tímido Reginald Dwight até o astro mundial Elton John, podendo ver na tela a sua evolução, passando pelos problemas com drogas, álcool e com a aceitação da sexualidade pelo pai extremamente preconceituoso, que causa boa parte dos problemas psicológicos de John, bem como os relacionamentos com um empresário e amante que se aproveitam da sua carência e vulnerabilidade para ganhar dinheiro. É um filme que usa o musical de maneira diferente, usando as músicas do próprio cantor para contar a própria história, o que com certeza vai agradar até quem não é fã do gênero. É um filme altamente colorido, como sempre foi a carreira de Elton, transmitindo tudo isso em tela, com figurinos idênticos aos originais  e que são usados para mostrar a mudança de tímido para o astro. Facilmente foi uma das melhores cinebiografia feitas no cinema.

"Rocketman" é uma cinebiografia musical para todos que têm um pé atrás com este tipo de gênero cinematográfico. Conta a história do astro do rock inglês Elton John e mostra todo o seu brilhantismo, todos os percalços e o peso que uma carreira de rockstar pode acarretar na vida. O filme é dirigido por Dexter Fletcher e tem como roteirista Lee Hall. Teve uma bilheteria baixa, aproximadamente de 195 milhões de dólares, em relação à "Bohemian Rhapsody", filme que conta a história de Freddie Mercury na banda, também inglesa, Queen. Em termos de premiações, venceu o Oscar de melhor canção original com a música "I’m Gonna Love Me Again" e curiosamente foi a segunda vez que Elton John recebeu a premiação. A primeira vez foi com a música "Can You Feel the Love Tonight", trilha do filme "O Rei Leão". Inicialmente, o filme tem uma construção muito boa. As músicas do astro foram adaptadas para contar suas fases da vida. Em sua infância, era notório o seu talento nato como músico; entretanto, problemas familiares vivenciados em seu cotidiano influenciaram bastante as suas decisões na vida. Sua amizade com Bernie também foi apresentada como marco essencial para o seu sucesso estrondoso através da composição das músicas. Todavia, o ponto central do filme e na vida de Elton John era ele se aceitar do jeito que sempre foi. Outro ponto que é evidenciado são as diversas questões ligadas à mente humana e como ela pode nos levar a caminhos tortuosos, como foi o abuso de álcool e drogas, e como isso trouxe consequências terríveis para a vida de um dos maiores astros do rock mundial. Em relação às atuações, todas são excelentes. Embora Taron Egerton não tenha uma semelhança fisionômica com Elton John, consegue incorporar o papel e nos entregar de maneira incrível um verdadeiro rockstar. Como ponto negativo, os cenários poderiam ter sido construídos de uma maneira melhor, além de, em determinados pontos do filme, darem a impressão de serem corridos. Um exemplo disso é o casamento de Elton. Pareceu que foi algo jogado, só para ser mencionado dentro do filme. No mais, é um filme empolgante e que chama a atenção mesmo daqueles que não são amantes do gênero musical. Contagia do início ao fim e nos conta a importante história de um dos maiores astros da história do rock: Sir Elton Hercules John.

"Rocketman" é um filme americano lançado em 2019 e conta a história de Elton John, cantor britânico, pianista e compositor que vendeu mais de 300 milhões de álbuns. Dirigido por Dexter Fletcher, com roteiro de Lee Hall, o filme passou vários anos em desenvolvimento e sofreu problemas criativos, mas conseguiu superar as divergências e foi lançado quase 20 anos depois de começar a ser desenvolvido. Apesar de todos os problemas, o resultado final do filme surpreende. A edição do filme consegue transpor os problemas vividos por John e conta sua história com um ritmo acertado, sem que deixe o espectador entediado e a trilha sonora cumpre o seu papel e é onde o filme mais brilha. A música "I'm Gonna Love Me Again" venceu o Oscar de Melhor Canção Original em 2020, escrita por Elton John e Bernie Taupin, cantada pelo próprio John e por Taron Egerton, que interpreta o cantor no filme. Egerton mais uma vez entrega uma performance de alto nível. É daqueles atores que consegue se mesclar com o personagem de uma forma que o incorpora e faz com que o espectador não enxergue mais o ator, apenas o personagem, nesse caso Elton John. Jamie Bell, que vive Bernie Taupin, apesar de não brilhar tanto quanto Egerton, convence no papel, mas é preciso deixar claro que também não há muito espaço para que ele brilhe tanto quanto o ator principal. Richard Madden, por outro lado, surpreende com sua atuação ao interpretar John Reid, o empresário de Elton. A mãe de Elton é interpretada por Bryce Dallas Howard, que não performa muito além do que é preciso para sua personagem, ficando na média. Por fim, a menção ao jovem Matthew Illesley, que vive Elton criança e é extremamente carismático. O garoto tem muito potencial. O filme foi muito bem recebido pela crítica, sendo bem-sucedido também nas bilheterias. Totalmente merecido, pois além de contar a história de Elton John, o filme consegue transmitir mensagens bonitas de superação e aceitação. Problemas todas as pessoas têm, mas a coragem para aceitar e buscar ajuda não é fácil e infelizmente nem todos conseguem. Elton conseguiu e talvez o filme sirva de inspiração para que outras pessoas, que ainda estão nessa luta, consigam superar seus demônios. "I'm a rocket man"

Nos últimos anos, alguns filmes biográficos têm causado polêmica por não retratar de forma fiel a história de vida do personagem real que o filme tenta contar, o que não é o caso deste, pois ele não se esquiva dos lados mais sombrios da vida de Elton John, como seus vícios em drogas e álcool, e sua luta com a identidade sexual, e toma algumas liberdades com a história real, focando mais no drama vivido por ele do que em sua música, o que, por um lado, pode ser bom, mas também pode decepcionar alguns espectadores e fãs do músico, que esperam um musical tradicional. No meu caso, me agradou, pois não sou um entusiasta do gênero musical. "Rocketman" foi lançado em 2019 e conta a vida de Elton John, estrelado pelo ótimo Taron Egerton, narrando a ascensão do cantor à fama, seus já citados vícios, seus relacionamentos e sua eventual redenção. Egerton entrega uma performance energética e muito convincente, capturando a persona extravagante do cantor e sua vulnerabilidade interior. O filme apresenta uma trilha sonora espetacular com os maiores sucessos do cantor, como "Tiny Dancer", "Rocketman" e "Your Song", reinterpretadas por Taron Egerton e outros artistas. Dexter Fletcher dirige o filme com ritmo e estilo, criando uma experiência visualmente deslumbrante e emocionalmente envolvente. "Rocketman" é um filme biográfico musical divertido, emocionante e honesto sobre a vida de um dos maiores ícones da música. As atuações, a música e a direção são excelentes, e o filme oferece uma visão perspicaz da vida de Elton John, tanto nos seus momentos de glória quanto nos de dificuldades. Mesmo não sendo meu estilo de filme preferido, foi uma boa surpresa que vale a pena conferir, principalmente para quem, assim como eu, não conhece a vida e a obra de um dos maiores músicos que o mundo já viu.

É interessante como, em um intervalo de um ano, duas cinebiografias dedicadas a dois grandes ícones da música foram lançadas. Enquanto "Bohemian Rhapsody" se mostrou um desastre narrativo e dono de uma edição caoticamente editada (inexplicavelmente oscarizada também), "Rocketman" se saiu superior em todos os aspectos necessários para uma cinebiografia e para um bom filme. Primórdios. Auge. Queda. Retorno Triunfal. Itens obrigatórios para retratações das vidas de músicos que marcaram a história, principalmente rockstars, e "Rocketman" conta com todos eles. Sexo, drogas e excessos estão presentes, mas o talento e a arte que Elton John emana são sempre respeitados. Os dramas de John para ser amado são bem convincentes, e saber como foi sua juventude e onde foi criado só aumenta nossa simpatia por ele, não apenas por ser o futuro astro musical, mas por sabermos que antes ele era Reginald Kenneth Dwight. E essa parte é um trunfo graças ao talento do elenco, destacando-se aqui Bryce Dallas Howard, como uma mãe sem afeto. Quando "Rocketman" decola (trocadilho não intencional), é puro deleite. São músicas que nos impulsionam ou nos envolvem em emoções (o momento de criação de "Your Song" é singular não apenas para as personagens em cena, mas também para o espectador), auxiliadas por um belo trabalho de figurino e edição (esta sim bem executada). Mas o combustível do longa é Taron Egerton, que se entrega com tudo ao papel. Além de uma semelhança física ajudada por uma boa maquiagem, o britânico arrasa nas canções. Chega a ser injusto como Rami Malek foi exaltado em premiações do ano anterior por sua interpretação fraca como Freddie Mercury, pois além de não lembrar o cantor, ele era dublado nas músicas (mas era pedir demais também), enquanto Egerton foi mais completo. Fica o pensamento de que "Bohemian Rhapsody" só foi lembrado em premiações pelo sucesso que fez, mas a verdade é que ele tirou o impacto que o longa de Dexter Fletcher (que ironicamente assumiu as filmagens do filme sobre o Queen após as polêmicas com Bryan Singer) merecia ter. Bem dirigido, contagiante e com ótimas atuações, "Rocketman" não tem vergonha de expor os defeitos de Elton John ou qualquer outra peculiaridade (outra alfinetada para o filme do Queen) e acerta em equilibrar com a genialidade que ele possui.