Dirigido por Marcus Nispel
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Inicialmente pensado para ser uma história de origem, o filme acabou se tornando um remake dos quatro primeiros filmes da franquia. Porém, teve a liberdade de ambientar a história nos anos 2000. Os roteiristas Mark Swift e Damian Shannon optaram por não investir muito tempo contando a infância de Jason, pois acreditaram que dessa forma iriam deixar o personagem menos misterioso. E o diretor Marcus Nispel, que também foi responsável pelo remake de "O Massacre da Serra Elétrica" (2003), foi obrigado a adaptar algumas mortes e, principalmente, o final do filme devido a problemas de orçamento. Nispel presta uma homenagem aos primeiros filmes da franquia, mas acaba se esquecendo de entregar uma história mais original e menos escorada no legado dos filmes de Sexta-Feira 13. Além disso, as motivações de Jason para determinadas ações parecem não se encaixar com o perfil assassino do personagem, parecendo mero capricho do roteiro para fazer com que a história evolua. Dessa forma, enfraquecendo a trama e, consequentemente, não contribuindo para o tom misterioso que os roteiristas se propuseram. Como se não bastasse, o filme é repleto de cenas de sexo e, entre elas, o filme é contemplado com uma das cenas mais toscas envolvendo Trent (Travis Van Winkle) e Bree (Julianna Guill). É o tipo de cena que não precisa nem ser descrita, pois qualquer espectador com o mínimo de senso crítico vai concordar que seria até benéfico para o filme se ela fosse removida da versão final. O elenco do filme não é dos melhores. Jared Padalecki está regular no papel de Clay, assim como Danielle Panabaker, que interpreta Jenna. Clay está à procura da irmã desaparecida, que convenientemente a polícia alega não poder mais ajudar nas buscas, e Jenna é a namorada de Trent, que se compadece com a procura de Clay pela irmã e tenta ajudá-lo. No entanto, o desenvolvimento dos personagens é ruim, e todo o resto do elenco entrega performances abaixo da média. Talvez, se Nispel tivesse se rendido à proposta inicial do filme de ser voltado para um filme de origem, o resultado final tivesse sido melhor. Porém, Jason, no geral, ficou bem caracterizado e, embora o roteiro não o ajude no decorrer do filme, o personagem é bem aproveitado em alguns momentos. Não é por ser um filme slasher e ter Jason matando aleatoriamente as pessoas que o exime de ter um roteiro minimamente decente, que siga uma linha de raciocínio e faça sentido como um todo. Uma morte ou outra, mesmo que bem filmada, não transforma um filme ruim em um filme bom. O maior problema do remake de 2009 é justamente o fato de justificar o desenvolvimento da história através das mortes e escorar toda a história nisso, ao invés do caminho contrário de usar as mortes como elemento narrativo que traga mais peso e valor para a história.