O filme da vida de Raphael é simplesmente avassalador, emocionante ao extremo e, principalmente, real. Incrivelmente real. Se fala que é o mais próximo que um filme de ficção científica já chegou da realidade, não dito por mim, mas por vários cientistas. Inclusive, toda imersão foi feita por cientistas reais para o filme. A humanidade, à procura de uma salvação que ela mesma aniquilou, está cada vez mais vivendo o que estamos experienciando: invernos com chuvas fora da realidade e verões com temperaturas escaldantes como nunca tivemos. Quanto mais anos se passam desde o lançamento desse filme, mais próximos estamos de viver essa realidade. São quase três horas de pura curiosidade e fascínio assistindo a esse filme. Vale cada minuto. As atuações de Matthew McConaughey e Anne Hathaway são comoventes, mas não surpreendentes. Jessica Chastain também brilha demais. O final é extremamente emocionante e entrega tudo que se espera. Não é um filme bobo para passar o tempo; é um filme para se pensar, raciocinar e quebrar a cabeça para entender o tempo todo. Se você não assiste com atenção, provavelmente não vai gostar nunca, pois não vai entender. Se já assistiu e não gostou, assista de novo. Essa é uma dica de ouro.

O que se falar em um filme revolucionário de ficção científica, que consegue passar física quântica, teoria da relatividade, lei de Murphy, leis de Newton, de uma maneira que o público leigo neste assunto possa entender? Este é "Interestelar", um filme produzido, dirigido e escrito por Christopher Nolan. Com performances brilhantes de Matthew McConaughey como Cooper, um pai recrutado para integrar um grupo de astronautas encarregado de explorar possíveis planetas habitáveis, diante de uma Terra à beira da extinção. O papel crucial da filha de Cooper, Murph, é interpretado de forma magnífica por Jessica Chastain na idade adulta e Mackenzie Foy na infância. Anne Hathaway também entrega uma performance marcante no papel da Dra. Brand. As atuações desses e de outros membros do elenco dispensam comentários; tanto os atores quanto as atrizes desempenharam seus papéis de maneira excepcional. Como já dito, a palavra revolucionário se encaixa perfeitamente para este filme, pois, nos traz teorias da física moderna já comprovadas e outras ainda que nossa capacidade tecnológica ainda não conseguiu demonstrar veracidade. Fazendo uma analogia interessante com clássico do século XX do cinema "2001: Uma Odisséia no Espaço", porque "Interestelar" não é considerado um clássico e marco nos filmes de ficção científica do século XXI? Os filmes nos mostram as limitações do nosso planeta e como estamos acelerando cada vez mais a sua destruição. A partir disso, vemos uma saga à procura de novos lares em outras galáxias. Com toques dramáticos e excelente desenvolvimento, a película prende muito a atenção daqueles que assistem, além de seus excelentes efeitos visuais. Então, se o telespectador está afim de uma viagem intergaláctica mais próxima da realidade, este é o filme perfeito.

Há muito tempo que o espaço desperta a curiosidade do ser humano. Diversas perguntas sem respostas envolvem o espaço: há vida além da Terra? Muitos recursos já foram investidos para viagens ao espaço, muitas vidas já se perderam nessa busca por respostas. E devido aos riscos das viagens espaciais, já faz quase 50 anos desde a última viagem tripulada para a Lua. Tudo isso deve-se ao fato dos riscos envolvidos e também do investimento necessário para viagens além da Terra. Estudos revelaram que um dia o sol deixará de brilhar, mas antes disso acontecer a vida na Terra deverá ser afetada de forma tão avassaladora que poderá inclusive extinguir a vida humana. Mesmo que não seja uma preocupação para esta geração, nem para as seguintes, em algum momento o espaço precisará ser explorado para que a raça humana não seja extinta. Até lá, a única coisa possível é imaginar como seria a vida na Terra à beira de sua extinção. Christopher Nolan fez isso ao dirigir o filme "Interestelar", usando os conhecimentos que se têm até então de viagem ao espaço, e claro, adicionando elementos de ficção para entregar um dos melhores filmes até então que abordam a luta do ser humano contra sua extinção. Nolan também foi responsável pelo roteiro, contando com a ajuda do seu irmão mais novo, Jonathan Nolan. Apesar de em alguns momentos o filme parecer muito complexo e difícil de entender, a conclusão do filme é extremamente satisfatória e responde diversas perguntas que o filme se propõe a expor. Há espaço para debate sobre algumas decisões de roteiro que possam parecer questionáveis, mas sem dúvida o resultado final é uma experiência única que consegue transmitir a magia do cinema para o espectador. A trilha sonora é de Hans Zimmer, que já havia trabalhado em diversos filmes anteriores com o diretor. É impactante, consegue elevar a experiência visual a um nível absurdo. Envolvente nos momentos que precisa, a trilha sonora é marcante e traz uma sensação de viagem ao espaço que eleva a experiência cinematográfica. Visualmente o filme é um espetáculo. As cenas no espaço foram bem executadas e não parecem aqueles filmes cheios de fundo verde onde é notório que é efeito visual. Como boa parte das cenas são escuras, ajuda a esconder certas imperfeições e deixa o filme com um ar mais natural. E foi graças a isso que o filme venceu o Oscar de melhores efeitos visuais em 2015, tendo sido indicado a mais quatro categorias. O elenco conta com Matthew McConaughey, que interpreta Joseph Cooper, um fazendeiro e ex-piloto da NASA, pai de Murphy Cooper e Tom Cooper. Jessica Chastain vive Murphy e Anne Hathaway é a Dra. Amelia Brand. O filme ainda conta com Michael Caine, que interpreta o professor John Brand, pai de Amelia. No geral, as interpretações são boas, mas sem dúvida quem se destaca é McConaughey. A Teoria da Relatividade é muito bem explorada no filme, mostrando as consequências de viagens espaciais, as ameaças de um buraco negro e o que seria uma viagem através de um buraco de minhoca. Que, diga-se de passagem, é explicado bem didaticamente no filme. E um ponto positivo é que, diferente da maioria dos filmes espaciais, Nolan optou por se aproximar da realidade, ao não adicionar efeitos sonoros no espaço. "O fim da Terra não será o nosso fim."

"Interestelar", do diretor Christopher Nolan, é o filme da vida do meu amigo Raphael Domingos, e mais uma vez, por coincidência, o filme está presente na minha lista de "filmes da vida". "Interestelar" é uma verdadeira obra-prima de ficção científica, com várias referências ao ÉPICO "2001: Odisseia no Espaço", de 1968, que nos leva em uma viagem emocionante pelas profundezas do espaço e do tempo e acompanha a história de Cooper, um ex-piloto da NASA interpretado de forma impressionante pelo incrível ator Matthew McConaughey, sendo recrutado para uma missão crucial: encontrar um novo lar para a humanidade, ameaçada pela extinção. A trama nos apresenta paisagens espaciais de tirar o fôlego, com efeitos visuais que nos transportam para outros mundos. A atenção aos detalhes é impressionante, desde os buracos negros – o Gargantua é a interpretação mais próxima de um buraco negro já feita pelo homem, criado pelo físico Kip Thorne – até as tempestades de poeira, que realmente aconteceram, e a produção obteve relatos de pessoas que as presenciaram para causar ainda mais realismo ao longa. Mesmo com um roteiro muito complexo e cheio de suspense, ele nos mantém intrigados do início ao fim, sobre as questões científicas e filosóficas que são exploradas, mostrando-se intrigantes e provocando reflexões sobre o futuro da humanidade. Além de Matthew McConaughey, as atrizes Anne Hathaway, no papel da astronauta Amelia Brand, e Jessica Chastain e Mackenzie Foy, ambas interpretando a personagem Murphy Cooper durante as fases de adolescência e adulta, entregam atuações impecáveis, principalmente Mackenzie, transmitindo com muita emoção todo amor e também sofrimento pela aceitação do seu pai pela missão. A trilha sonora, especialmente a música de Hans Zimmer, é poderosa e emocionante, criando uma atmosfera épica e imersiva, além dos efeitos sonoros. Uma cena se destaca justamente por causa desse elemento, onde os personagens estão em um planeta que a cada "tic tac" se passa um dia na Terra, causando uma tensão gigantesca tanto em Murphy quanto em quem assiste. Um dos maiores acertos do filme é o seu início. A narrativa se concentra em desenvolver os personagens e a situação da Terra, deixando a ação em segundo plano, focando no relacionamento entre pai e filha e na sua dúvida sobre as complexidades envolvendo a missão. "Interestelar" é um filme memorável e muito emocionante para mim, que junto com "A Origem" e "The Dark Knight" são meus filmes preferidos do diretor. E nos leva a uma jornada épica e emocionante. A história pode ser sim muito complexa para a maioria das pessoas, mas este é um filme que além de ser entendido, deve ser sentido, pois além de toda questão envolvendo ciência, a alma do filme é o amor entre pai e filha, pois "O amor é a única coisa que transcende o tempo e o espaço."

O uso da ficção científica para abordar a natureza humana é um grande atrativo do gênero, e o tema “de onde viemos e para onde iremos” é sempre interessante. Talvez por isso 2001: Uma Odisseia no Espaço, obra de Stanley Kubrick que mudou o cinema ao explorar a aurora do homem até seu destino final e influenciou seguidores, seja uma referência. Não faltaram cineastas e filmes que dialogaram com o tema, mas talvez aquele que chegou mais perto foi o cultuado e, assim como Kubrick, perfeccionista Christopher Nolan com seu aclamado Interestelar, de 2014. Apesar de alguns problemas, o longa é um grande trunfo do gênero nos últimos anos. Todos os traços de Nolan, como sua abordagem detalhada e lenta, estão presentes e são um acerto. O diretor, que também é roteirista, consegue tornar a física e o conceito de tempo e espaço acessíveis ao misturá-los com um drama humano iminente. Embora peque com sua habitual didática, que já afetou outros longas dele, como A Origem e a trilogia Batman, e seus diálogos expositivos, o saldo é positivo. Os efeitos visuais, premiados com um Oscar, surpreendem pelo uso de efeitos práticos em cenários e adereços, entregando cenas e ambientes deslumbrantes, com destaque para a impactante viagem de Cooper aos confins do universo, momento que ecoa o final do longa de Kubrick. A trilha sonora do mestre Hans Zimmer guia as emoções do espectador, começando tímida e elevando tudo a décima potência (injusto não ter levado o Oscar naquele ano).