Saltburn

Saltburn (2023)

Dirigido por Emerald Fennell


Título original
Saltburn
Lançamento
16/11/2023
Gêneros
Drama, Comédia, Thriller
Duração
2h 7m
Sinopse
Uma história perversa sobre privilégio e desejo. Lutando para encontrar seu lugar na Faculdade de Oxford, o aluno Oliver Quick é atraído para o mundo do encantador e aristocrata Felix Catton, que o convida para Saltburn, a enorme mansão de sua família excêntrica, para passar um verão inesquecível.
Elenco

Avaliação média
6.7
6.0

Publicado em 10 de fevereiro de 2024

Saltburn

Por Pedro TenórioPedro Tenório

"Saltburn" é difícil de se definir em todos os sentidos, imagina se que foi feito nessa intenção de chocar, pois vai chocar qualquer um, tem cenas que são difíceis de assistir e assimilar, se você é frágil, esse filme não é pra você. O roteiro é realmente muito interessante, com atuação impressionante de Barry Keoghan no papel de Olivier Quick, ele nos manipula totalmente junto com os outros personagens sobre a real intenção de Olivier, sobre a inocência ou não dele, até mais ou menos a metade tudo fica duvidoso, não espere um grande plot twist pois após mostrar as verdadeiras intenções o roteiro não esconde em nenhum momento a verdadeira face de Oliver, o que torna a trama interessante para se tentar entender até o fim. O filme claramente faz uma crítica social, satiriza a alta classe com estereótipos, para alguns com um certo exagero, com cenas realmente na intenção de chocar e mostrar a psicopatia de Oliver, e ela é totalmente exposta com a cena final que a cereja do bolo na loucura que é esse filme, não sabendo realmente se é bom ou ruim, mas que vai lhe fazer refletir bastante, vai.

6.5

Publicado em 11 de fevereiro de 2024

Saltburn

Por Raphael DomingosRaphael Domingos

Saltburn é um filme que poderia ser épico, mas um roteiro confuso e problemático atrapalhou bastante todo o seu contexto. Uma grande parte do público poderá não se agradar com o apresentado, principalmente pelas quantidades de cenas chocantes e, porque não, nojentas. Mesmo com toda a obsessão apresentada pelo personagem principal Oliver, interpretado de forma excelente por Barry Keoghan, muitas cenas não explicam por si só a necessidade de apresentá-las no filme. Por falar em atuação, todos do elenco desta película atuaram de forma brilhante, e isto é o que se pode tirar de muito positivo, inclusive a nota deste review se sobressaiu um pouco por conta disto. Por fim, mesmo com toda a confusão em seu roteiro, em seu final, o filme melhora muito, mas deixa quem está assistindo com uma sensação de que poderia ter sido muito melhor. Se houvesse um foco mais na parte do roteiro ao invés de focar em cenas para causar, seria um filme marcante.

7.3

Publicado em 10 de fevereiro de 2024

Saltburn

Por Renato FrançaRenato França

"Saltburn" é um filme americano lançado em 2023, com direção e roteiro de Emerald Fennell, sendo o segundo longa-metragem sob sua direção. O elenco conta com Barry Keoghan, que vem ganhando bastante espaço com suas atuações, tendo sido indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 2023, e aqui interpreta o personagem principal Oliver Quick; Jacob Elordi faz o papel de um estudante da mesma escola de Oliver, Felix Catton; Rosamund Pike interpreta a mãe de Felix, Elspeth Catton; Richard E. Grant vive o marido de Elspeth, Sir James Catton; e Alison Oliver interpreta a irmã de Felix, Venetia Catton. Fennell entrega um filme intrigante, que às vezes pode parecer um pouco confuso à medida que a história evolui. No entanto, sem sombra de dúvidas, ela sabe como desenvolver personagens, e em "Saltburn" são vários os personagens e em todos, ela conseguiu conduzir muito bem, dando profundidade a cada personagem e explorando o lado psicológico de todos. O filme causa estranheza em vários momentos, colocando certos personagens em situações ao qual o espectador pode se indagar "é sério que esse personagem está fazendo isso?". O elenco é grande, mas cada um consegue permanecer dentro do tom necessário que o filme precisa. Quem chama atenção é Keoghan, com sua performance que provavelmente deixou a diretora contente com sua escolha. Ele consegue entregar a dualidade que o personagem precisa, algumas vezes não parece ser nem a mesma pessoa. Mas não é só o ator principal que se destaca, Elordi está muito bem como ator coadjuvante. Por fim, destaque para uma cena numa banheira com Oliver, bem demais no papel de Venetia. Se os personagens de Fennell são bem desenvolvidos, a trama no geral peca um pouco. No fim ela coloca em questão a inteligência do espectador, nem tudo precisa ser "mastigado" em um filme, teria sido mais interessante ela ter ousado mais e deixado certas conclusões no ar. Portanto, a opção de revelar certos acontecimentos no filme, acabou deixando o motivo de determinados personagens rasos, o filme poderia ter acabado uns 10 minutos antes e o saldo final teria sido mais positivo. O filme foi bem recebido pela crítica, tendo sido indicado em várias premiações, mas acabou não sendo um sucesso nas bilheterias. Contudo, como o filme foi lançado pouco tempo depois em streaming, é bem possível que tenha conseguido arrecadar dinheiro suficiente para compensar o valor investido. Nem tudo é o que parece.

6.5

Publicado em 09 de fevereiro de 2024

Saltburn

Por Rodrigo AlbuquerqueRodrigo Albuquerque

"Saltburn" é um filme britânico dirigido e roteirizado pela cineasta Emerald Fennell (Bela Vingança) que conta a história do jovem estudante Oliver Quick, estrelado pelo talentoso Barry Keoghan que tem problemas de aceitação, para se encaixar na universidade de Oxford. Após conhecer Felix Catton que é interpretado de forma cativante pelo ator Jacob Elord ele é imediatamente atraído para o mundo de riqueza do jovem, formando, ao que parece, uma grande amizade. O elenco de Saltburn tem boas atuações, fora os já citados acima, a atriz Rosamund Pike, no papel da mãe do Felix, Elspeth Catton também merece destaque. Devido a vitalização que o filme teve nas redes sociais, foi causada uma enorme curiosidade em várias pessoas para assistir ao longa (inclusive em mim). "Saltburn" começa de forma interessante e faz com que o espectador fique curioso com o desenvolver da história, porém com o passar do tempo o roteiro se perde em alguns pontos, se tornando cada vez mais desinteressante, pois por flertar com vários gêneros "Drama, comédia e suspense), não se aprofunda a nenhum deles. Tornando o que é contado vazio e sem identidade. Os diálogos também são fracos e fúteis, talvez seja proposital, porém não causa interesse, por serem vazios em querer nos mostrar a futilidade da alta sociedade na maior parte do filme, algo que não funcionou por ser caricato demais. Além de tudo, o plot twist do filme tenta se mostrar chocante demais, principalmente em seu último ato (o que pode ser mesmo para a maioria das pessoas), mas ao meu ver não foi isso tudo, pois em vários momentos são perceptíveis as intenções do personagem principal. No geral, "Saltburn" tenta ser uma mistura sem profundidade, de ótimos filmes como "Parasita" e "O talentoso Ripley", mas sem identidade, que se salva por algumas ótimas atuações, boa fotografia mas sem nenhuma identidade.

7.0

Publicado em 11 de fevereiro de 2024

Saltburn

Por Vandeson NunesVandeson Nunes

Ego e pretensão não são ingredientes legais de se combinar ao realizar um filme ambicioso que mira em várias direções e gêneros, pois corre o risco de não alcançar bons resultados em nenhum deles. A cineasta, atriz e roteirista britânica Emerald Fennell pelo visto pode ter se aproveitado dos dois itens citados, talvez resultados do hype e prestígio de seu longa anterior, Bela Vingança (que está longe e ser ruim, mas considero superestimado), pois o seu Saltburn é um turbilhão de sensações. Tecnicamente, o longa é um espetáculo. A fotografia cria uma atmosfera fantasmagórica, soturna, quase como um filme de terror e perfeita para a analogia vampírica do protagonista. O trabalho de edição talvez seja a grande aliada do filme, freando um pouco a falta de sutileza da realizadora. Fennel entrega um roteiro que dialoga explicitamente sobre a futilidade dos poderosos e seu isolamento da realidade, e desliza quando tenta ser ousado, quando na verdade é um conjunto de cenas também ousadas, ou aparentemente. Tudo que parece chocante e escatológico no longa está ali só por isso mesmo, pois não parece passar nada além disso. Se ela usasse a sugestão ao invés do explícito, vide a cena da banheira ou do sexo oral sangrento, Saltburn teria mais atenção do espectador. O elenco é sensacional, encabeçado pelo atual Coringa e indicado ao Oscar Barry Keoghan, que passa um ar de ameaça e inocência no mesmo nível, ainda ganhando pontos pela ousadia em cenas de nudez. Os sempre ótimos Richard E. Grant (de Loki) e Rosamund Pike estão excelentes como um casal de ricos excêntricos, com destaque para a atriz e seus comentários ácidos. Mas é Jacob Elordi que surge como uma grata surpresa, sendo talvez a personagem mais centrada do longa. Sendo uma comédia que arranca poucos sorrisos, um suspense previsível e um drama que não convence, resta a Saltburn o título de longa sensorial e crítico, resultado de uma realizadora que causou um impacto pelos motivos errados.